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Notícias / Política

22/11/2023 às 18:06

ATROPELO AMBIENTAL

Wilson critica colegas que 'atropelam' tramitação de projetos ambientais: ‘não têm apreço pelo debate’

Para o parlamentar, o perfil da AL é conservador e não tem interesse em conhecer outros lados quando o assunto é meio ambiente

Paulo Henrique Fanaia

Wilson critica colegas que 'atropelam' tramitação de projetos ambientais: ‘não têm apreço pelo debate’

Foto: AL/MT

Membro da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) não ameniza nas críticas aos colegas parlamentares quando o assunto é defesa ambiental em Mato Grosso. Para Wilson, o perfil dos deputados no Parlamento é conservador e sem apreço algum pelo debate quando o assunto é defender a fauna e a flora mato-grossense.
 
Nessa terça-feira (21), o deputado conseguiu que a Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Casa aprovasse um requerimento de audiência pública para discutir o projeto de lei complementar que altera o Código Estadual do Meio Ambiente e permite realocação da reserva legal dentro do imóvel rural para mineração, quando inexistir alternativa locacional para a atividade minerária.
 
Logo após a reunião, o parlamentar conversou com a reportagem do Leiagora que questionou o porquê de as matérias ambientais tramitarem com tanta velocidade na Casa de Leis. Sem papas na língua, Wilson criticou o perfil da maioria dos parlamentares, os acusando de não terem um olhar protetivo ao meio ambiente.
 
“O perfil majoritário da Assembleia nessa legislatura é conservador, que não tem apreço pelo debate, não tem interesse em conhecer outros lados dessa situação e resiste de todas as formas a um modelo de desenvolvimento sustentável. Nós não somos contra o desenvolvimento. Queremos trabalho, emprego, renda, que o PIB do estado aumente, que o valor agregado dos municípios amplie, mas que haja respeito à questão ambiental. É possível harmonizar isso”, disse o parlamentar.
 
Somente neste ano, o Plenário da Assembleia Legislativa serviu de palco para três discussões acaloradas sobre projetos de lei que tratam de temas ambientais. O primeiro foi o projeto da pesca, que aprovou a proibição do comércio, transporte e armazenamento de pescados pelo período de cinco anos em todo o território mato-grossense. O segundo, que ainda está em andamento, é a extinção do Parque de Conservação Ambiental Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela da Santíssima Trindade. E o mais recente é o PLC da Mineração.
 
Todos esses temas têm como característica a rapidez com que eles tramitam na Assembleia, o que dificulta a discussão e realização de audiências públicas que possam debater com a sociedade o impacto na aprovação de cada um dos projetos legislativos. Mas, se depender de Wilson: “esse tema não passa de forma atropelada”.
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