A volta da vereadora Edna Sampaio (PT) à Câmara Municipal de Cuiabá pegou todos de surpresa, incluindo os parlamentares que votaram a favor do seu processo de cassação, como foi o caso de Maysa Leão (Republicanos). Mas, além do retorno inesperado de Edna, outra situação que desagradou parlamentares foi o pronunciamento do advogado da petista, Julier Sebastião, sobre a condução do processo que resultou no afastamento da vereadora.
“No Brasil há leis, o processo na Comissão de Ética foi pilotado como se estivesse no volante um motorista embriagado”. Essa foi a declaração de Julier, dada à imprensa durante coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (23).
Diante da fala polêmica, Maysa Leão se pronunciou, também à imprensa, durante a sessão ordinária desta quinta. Ela rebateu Julier ao dizer que ele “se perdeu no papel de defensor”.
“Diversas vezes o doutor Julier foi desrespeitoso, por diversas vezes ele usou palavras para que ele pudesse ganhar mais mídia em torno do caso. Talvez ele estivesse um pouco apagado e precisava desse caso para voltar à mídia, mas eu acho que o desrespeito nunca tem espaço, principalmente na área jurídica e legislativa”, acrescentou a vereadora.
Ainda sobre o retorno de Edna à Câmara, Maysa comentou que não se arrepende do voto favorável ao processo de cassação, afinal, ela conseguiu provar a apropriação indébita de verbas indenizatórias por parte da petista.
“A Justiça determinou por uma questão de prazo e não por uma questão de matéria. [...] Foi comprovado no auto do processo que foi apropriada a VI [verba indenizatória] de chefe de gabinete. Em relação à matéria, nada mudou. O meu voto foi um voto consciente, foi um voto pensado”, afirmou.
Por fim, Maysa também fez uma crítica à Justiça depois da sequência de idas e vindas do processo de investigação contra a vereadora.
“É confuso porque a gente tem um momento em que a Justiça diz ‘suspende o prazo’ e a gente tem novamente um retorno dizendo que o prazo extrapolou. A Justiça é assim né, ela é feita por homens e mulheres, ela é subjetiva e interpretativa. Agora cabe aos juristas discorrerem sobre a matéria”, disse.
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