Era de se esperar que o retorno de Edna Sampaio (PT) à Câmara Municipal de Cuiabá pegasse os vereadores de surpresa. Mas, mesmo diante dessa situação, um tanto quanto constrangedora ou problemática, alguns parlamentares não demonstraram preocupação com a volta da vereadora, inclusive, esperam que ela retorne mais serena e equilibrada.
Enquanto nada de mais novo acontece, vereadores como Maysa Leão (Republicanos), Michelly Alencar (União Brasil) e Luis Cláudio (PP) se pronunciaram sobre o retorno da petista.
“Eu acredito que ela voltando vai ficar no ano que vem praticamente todo. Ela vai retornar ao mandato dela, ela tem a oportunidade de finalizar esse mandato com chave de ouro, mas ela corre sim o risco de no final do ano que vem ter esse mandado de segurança perdendo a sua validade e ela novamente perdendo os seus direitos políticos”, afirmou Maysa Leão.
Indagada sobre a Câmara voltar a ter três representantes mulheres que defendem, mesmo que minimamente, os mesmos pontos de vista voltados ao público feminino, Maysa comentou que nem tudo é o que parece. Afinal, pode até haver a proximidade de ideais, mas os desentendimentos são tantos que acabam sobressaindo. “Ela sempre viu uma divisão entre a vereadora Michelly, a vereadora Maysa e ela. Esse muro foi colocado por ela muito antes do processo de cassação”, disse.
E por falar em Michelly Alencar (União Brasil), a vereadora também se pronunciou e até deixou alguns conselhos para a colega de parlamento.
“Eu espero que ela tenha aprendido uma lição durante tudo isso [...] Espero que tenha sido um momento para ela refletir, voltar um pouco mais serena, equilibrada, sem atacar os pares, sem entrar naquela linha de sempre de vitimização porque esse processo não se trata disso e a gente sempre fez questão de dizer: o processo não se trata de cor, não se trata de gênero, se trata de uma ação indevida para um vereador, é uma improbidade”, comentou.
Michelly também falou sobre a agressividade mantida por Edna durante todo o período do processo. “Ela atacou todo o parlamento como se a atitude dela estivesse correta e como se nós tivéssemos que compactuar com o crime que ela cometeu [...] Ela quis instituir uma lei validando um ato ilegal”.
Para completar o grupo que votou a favor do afastamento de Edna da Câmara, Luis Cláudio (PP) também fez questão de dar a sua versão do ocorrido e defender o seu posicionamento na autoria do processo de cassação da vereadora.
“Afinal de contas, houve ou não houve o crime estabelecido na lei da verba indenizatória? A transferência foi crime ou foi inocente? Isso ninguém conseguiu dizer pra mim, por isso que eu fiz o processo da vereadora Edna”, reafirmou.
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