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Notícias / Entrevista da Semana

17/12/2023 às 09:32

SEM CLIMA

Vice de Emanuel admite possibilidade de derrota na Câmara por rombo nas contas da prefeitura

Em entrevista ao Leiagora, Stopa afirma que, apesar de Emanuel ter a maioria no Legislativo, não há clima para aprovar os balancetes

Kamila Arruda e Jardel P. Arruda

Vice de Emanuel admite possibilidade de derrota na Câmara por rombo nas contas da prefeitura

Foto: Montagem/Leiagora

O vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) acredita que a Câmara de Cuiabá irá manter o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que na semana passada reprovou as contas de gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) referente ao ano de 2022.

Em entrevista ao Leiagora, Stopa afirma que, apesar de Emanuel ter a maioria no Legislativo cuiabano, não há clima para aprovar os balancetes e ir contra o posicionamento da Corte de Contas.

Por outro lado, garante que Pinheiro irá trabalhar no convencimento dos parlamentares. “Obviamente, o Emanuel com a equipe técnica vai começar a conversar. Isso ainda não foi feito, e aí é a arte do convencimento".

Stopa também comentou como está as articulações para o pleito do próximo ano. Ele é pré-candidato a prefeito de Cuiabá e busca o apoio da Federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) para encarar a disputa.

Contudo, o grupo também conta com o nome do deputado estadual Lúdio Cabral (PT), com quem Stopa pretende buscar um diálogo para traçar regras da definição de quem será o candidato da Federação.


Leiagora - Vamos começar falando da Prefeitura. O terceiro ano do segundo mandato já está acabando. Qual é o balanço de 2023?
 
Importante ressaltar que a gente enfrentou e enfrenta um período de dificuldades. Isso toda a população pode enxergar e pode ver, e dentro do que é possível fazer, com um pouco que se tem, nós temos trabalhado bastante. Que fique claro isso daí, porque às vezes as pessoas me questionam? “Ah, mas os buracos?

Historicamente, os buracos existem em Cuiabá por duas questões: primeiro pela malha viária velha, e segundo pelo papel da rede de esgoto no município de Cuiabá, que aprimora isso. Cuiabá vai estar entre as 20 cidades com maior índice de cobertura de esgoto a partir de dezembro do ano que vem, mas isso tem uma consequência, pois você tem que rasgar a cidade de norte a sul, de leste oeste.

Mas avançamos bastante. Estamos entregando asfalto, entregamos mais de 300 km de asfalto pronto.

Se você for pegar a região da grande CPA, nós já entregamos Florianópolis, Jardim Vitória, União e agora estamos começando ali pelo bairro Três Poderes, fazendo a drenagem e a rede de esgoto para que a gente possa, no ano que vem, asfaltar.

Então, paulatinamente a gente tem avançado bastante. Claro que a crise pela qual passa a Prefeitura prejudica bastante, temos consciência disso, mas não deixamos de trabalhar em momento algum.

Leiagora - O senhor falou em 300 km de asfalto novo. Atualmente, qual o percentual de asfalto nas ruas de Cuiabá?
 
Nós ainda precisamos fazer muito, ainda temos mais de 300 km para serem asfaltados. Quer dizer nós precisamos ter um ritmo de duas gestões trabalhando muito, porque asfalto você não faz rapidamente. Então, precisamos trabalhar muito e precisamos ter um aporte financeira de, no mínimo, de R$ 400 milhões, porque o importante não é só fazer asfalto, mas é fazer asfalto com rede de esgoto, com drenagem, calçada e meio-fio, porque o grande problema do nosso asfalto velho é esse hoje.

Eu citei aqui os bairros Jardim Vitória, União, Florianópolis, mas poderia citar também Doutor Fábio I, Dr. Fábio II, Altos da Serra I, Altos da Serra II, onde estamos concluindo o asfalto em 100% das ruas, com meio-fio, calçada e drenagem.
 

Leiagora - Existe alguma grande obra a ser entregue por este segundo mandato?

O Contorno Leste, que é um grande avanço. É necessário se falar do Contorno Leste, até porque uma obra 17 km e 300 metros que vai cortar Cuiabá, da Emanuel Pinheiro até a BR, ao lado do centro de treinamento do Cuiabá.

Teremos pista dupla, iluminação de LED, ciclovia, enfim deve mudar a história e o cenário de 55 bairros, são aproximadamente 300.000 pessoas. Mais de 40% da população irá sofrer o impacto do Contorno Leste, impacto de melhoria, de qualidade de vida.

Eu me lembro quando a gente começou as obras do Contorno Leste, há três anos atrás, o metro quadrado de uma área naquela região era de R$ 20 e R$ 30 m². Hoje, se fala, no mínimo, em R$ 200 m². Ou seja, em três anos houve uma valorização gigantesca.

Casas que se falavam R$ 40 e R$$ 50 mil, hoje não se fala em menos de R$ 200, R$ 300.000 mil. Então, isso melhora a qualidade de vida das pessoas, sem contar os residenciais que estão só esperando a aprovação do novo perímetro urbano para serem implementados ali na região.

O mais interessante disso tudo ainda, é que tudo isso gera emprego, gera renda, gera novas possibilidades, movimenta a economia da cidade. Por mais que seja uma obra que vai custar em torno de R$ 170 milhões, em sete anos, só com a arrecadação de imposto novo oriundo dos investimentos do comércio que será feito na região, ela paga o financiamento sozinha.

Partindo disso, podemos dizer que é um investimento que tem um retorno gigantesco. Então, é a obra que a gente tem se preocupado mais, trabalhado mais, e já vamos entregar metade dela no início do ano.

Dos 17,3km, nós vamos estar com mais de 8 km pronto. Vamos entregar o trecho que vai do bairro São João Del Rey, passa pela ponte o Rio Coxipó, chegando ao bairro Três Barras.

Eu acho que o Contorno Leste é o grande orgulho deste mandato, e a gente vai focar muito para que até agosto do ano que vem consigamos deixar pronto e entregar 100% da obra à população cuiabana.
 
Leiagora - A questão dos buracos é uma das maiores críticas a sua pasta. O senhor disse que estava chegando uma nova tecnologia para solucionar esse entrave, mas até o momento nada foi feito e as reclamações aumentam a cada dia...
 
A licitação está marcada para o dia 27. Então, nós vamos ter aqui esse novo material, utilizado apenas para tampa do buraco. A diferença dele para o asfalto tradicional é que ele pode ser usado num período chuvoso sem prejuízo. Estamos trabalhando para que até 20 de janeiro a gente consiga receber as primeiras carretas deste material.


O que o Estado fez foi pegar o dinheiro da Prefeitura e gastar com a saúde, mas não vejo esse avanço que a intervenção fala


É uma massa asfáltica ensacada. É um produto que teve origem nos Estados Unidos, por ocasião da guerra do Iraque. Como eles tinham que construir rapidamente asfalto no deserto, precisavam de um produto que se adaptava a qualquer tipo de clima: molhado e o seco. E esse é o produto.

A vantagem é que você vai sair aqui com uma picapinha, com um Gol, com qualquer carro, com um monte de saco na traseira. Você vai encontrar o buraco, não vai ter que ter aquele caminhãozão com 10, 12 pessoas para recapear.

Com esse tipo de material, nós vamos, principalmente, nos corredores de ônibus e naqueles lugares de mais movimento, poder trabalhar, pois vai poder ser aplicado mesmo debaixo de chuva.
 
Leiagora - Além dessa massa asfáltica ensacada e do Contorno Leste, o que mais esperar para 2024?
 

Olha, nós estamos fazendo algumas coisas da qual eu sou muito fã, que para mim traz qualidade de vida, traz decência, traz autoestima, pois eu defendo uma cidade bonita, uma cidade livre e uma cidade em que cuiabano tenha orgulho de viver nela.

Nós estamos entregando o parque no bairro Santa Rosa, com lago, com Beat tênis, que é o é o esporte do momento hoje. Estamos entregando outra Praça no bairro Renascer, também com duas quadras de beat tênis, com campo de areia, com a academia, com brinquedo para criança, enfim.

Também tem o complexo esportivo do Osmar Cabral, onde também vamos ter beach tennis, skate, academia, brinquedo para criança, área para show e campo de futebol, tudo de iluminação de LED.

Estamos fazendo um planejamento para entregar tudo isso até março do ano que vem. Então, na verdade nós estamos fazendo aí vários movimentos em campos diferentes, no sentido de levar qualidade de vida.

No poder público, o que eu tento fazer, é levar coisas que melhorem a saúde, que melhore a qualidade de vida e que respeite as pessoas lá dentro do seu bairro.
 
Leiagora – Stopa, é a segunda vez que é vice-prefeito de Emamuel Pinheiro, aliado a ele. Mas se tivesse algo para mudar na gestão, o que seria?
 
Olha, cada um tem seu jeito de tocar as coisas, eu tenho a minha, e tenho algumas críticas graves que faço ao prefeito, mas o respeito como gestor. Porém, obviamente, como sou servidor público de carreira há quase 41 anos, eu acho que eu conheço Cuiabá de norte a sul, de leste a oeste. Não é que o prefeito não conheça, mas eu acho que nós temos que melhorar o contato com a população, os serviços para a população de todas as secretarias.

Talvez eu seja o único secretário que, às vezes, atende até 22h da noite o cidadão que vai à Secretaria de Obras, mesmo que eu não consiga resolver, porque nem sempre você consegue resolver tudo.

Eu vejo secretários que parece que é Deus, que está em outro patamar, mas isso é filosofia de cada um. Eu não atendo as pessoas meramente porque sou um ser político, atendo as pessoas porque eu olho o cidadão, que vai do Três Barras até a Secretaria de Obras, como um cliente que merece ser respeitado, bem tratado.

Muitas vezes, ele pode até receber um não devido às condições financeiras do município, mas ele tem que ser bem tratado, tem que ser respeitado e tem que ser bem atendido. Então, esse é um dos pontos que às vezes eu converso muito com o prefeito.
 
Leiagora - Um outro assunto que está em alta é questão da intervenção na saúde. A expectativa é que ela termine agora dia 31 e a partir do dia 1º de janeiro a Prefeitura retome a administração direta da saúde. O senhor acha que a Prefeitura está pronta para reassumir a pasta?
 
O que o estado fez foi pegar o dinheiro da Prefeitura e gastar com a saúde. Então, na verdade, a minha defesa é muito clara e eu coloco isso em todo lugar que eu vou.

Primeiro, se existe desvios, o Judiciário tem que ser eficiente e prender quem comete esses desvios. Se existiu desvios na Prefeitura, as operações policiais estão investigando isso.

A Operação Espelho, por exemplo, provou que existe desvios nas equipes do Estado, até porque nós estamos trabalhando com seres humanos e cada um tem seus interesses, tem seus objetivos e a gente não pode responder por todos.

Então, eu defendo que os culpados sejam punidos, tanto do município como do Estado.

Outra coisa, não vejo esse avanço que a intervenção fala, pois você pegou o que a prefeitura arrecada e colocou o Estado para administrar.

Essa semana perdi uma conhecida devido a um acidente de moto, ela demorou seis horas para fazer um exame no HMC porque a maquina estava estragada. Então, eu te pergunto: onde está a competência nisso?

Então, quando a gente fala de saúde, é algo muito delicado, muito complexo e muito muito difícil de se fazer gestão. De uma coisa eu tenho certeza, independente de quem administra a saúde, devemos ser rígidos, extremamente rígidos, com os casos de corrupção, com casos de falta de gestão, tem que ser rápido na tomada de decisão.

Agora eu te pergunto, o que mudou? Vamos pegar a UPA do Leblon que estava pronta e eles foram lá, botaram uma placa e não citaram a Prefeitura, mas quem fez foi a Prefeitura, o governo só foi lá e entregou.

Não tenho dúvidas que continuaremos fazendo uma boa gestão na saúde, pois a saúde avançou no município. Claro que ela é um dos maiores problemas da gestão, mas também é o maior problema de qualquer cidade do Brasil, não só de Cuiabá, mas olha só o HMC, é o maior e melhor hospital do Centro-Oeste.

Quando o Emanuel assumiu o primeiro mandato tinha 25% do HMC pronto, ninguém acreditava que fosse entregar, e entregou um hospital moderno, altamente aparelhado.

Desta forma, não tenho dúvida que, se o município assumir, o prefeito vai ter clareza de colocar ali pessoas que tenham condições de gestar bem a saúde.
 
Leiagora – Agora não pergunto só para o vice-prefeito, mas também já para um pré-candidato, uma pessoa que faz uma leitura eleitoral. Em 2020, o senhor e o Emanuel Pinheiro foram reeleitos, mas alguns vereadores que eram fiéis apoiadores acabaram ficando pelo caminho. Em 2024, será que esse fenômeno talvez se repita também?
 
É normal isso em política. Alguns conseguem transpor essa barreira e outros não, e essa eleição não vai ser diferente. Toda eleição é um risco, por exemplo, no meu caso específico, é eu ou é o Lúdio.

Tenho raiva do Lúdio? Não. Talvez tenhamos pensamentos diferentes, mas não tenho raiva. Eu aprendi a fazer política nos meus 41 anos de vida pública sem ódio e sem raiva e com razoabilidade. Eu não posso chegar aqui e ficar falando mal do Lúdio, muito pelo contrário. Eu tenho que reconhecer as suas qualidades. Agora você me perguntar: Por que que eu quero ser o candidato?

Eu sou o que mais conhece Cuiabá. É a quinta vez que sou secretário e já passei por todos os cargos da Prefeitura. Já fui professor de escola, diretor de escola, secretário-adjunto de Educação, secretário-adjunto de Meio ambiente, secretário de Meio Ambiente, secretário de Obras, diretor da Limpurb, enfim, já fui tudo.

Leiagora - E como que está essa conversa para candidatura dentro da federação?

Olha, primeiro tinha três pré-candidatos: Rosa Neide, Lúdio e eu. Dentro do PV não tem discussão, eu tenho o apoio do PV, e o PT teve essa disputa, que eu não sei bem como aconteceu entre Rosa Neide e Ludio, e me parece que prenominou o Lúdio. Então, em algum momento, ainda deste ano, quero conversar com o Lúdio, até para a gente estabelecer regras. Nós podemos até ser adversários dentro de uma disputa interna, mas não podemos nos desrespeitar, ofendermo-nos, digladiarmo-nos. Até porque, se fizermos, quem vai perder somos nós mesmos.

Eu tenho consciência extremamente limpa do meu trabalho, sei o que quero, mas sei do jogo das regras democráticas, mas vou lutar muito aqui e em Brasília, onde for necessário, para que eu seja o candidato da Federação.
 
Leiagora - No rodízio que teria na presidência da Federação, o ano que vem seria do PV. Neste caso, o senhor vai assumir a presidência?
 
Isso ainda está sendo discutido, pois esse rodízio pode não acontecer como era previsto. Isso vamos discutir agora, ainda no mês de dezembro. Vou procurar o Barranco, e vou procurar o Lúdio também, que fique claro, quero conversar com ele.

No primeiro momento eu fui contra a Federação, e continuo sendo contra. Eu acho que ela tira a autonomia dos partidos, ela dá uma sobrevida aos partidos, mas tira autonomia dos partidos. Eu sempre deixei isso muito claro, enquanto PV. Agora, se a regra é essa, se o jogo é esse, foi aprovado lá que existe a Federação, a gente tem que conviver com as regras da Federação. E é isso que eu vou fazer, buscando ganhar, obviamente, dentro da Federação, dentro de critérios éticos e morais.
 
Leiagora – O senhor disse que pretende procurar o Lúdio Cabral ainda este ano para definir regras. Quais critérios o senhor defende?
 
Primeiro, a gente tem que ter um linguajar proativo, que não ofenda a ninguém. Porque, às vezes, nessas disputas internas sempre há uns diabinhos que ficam causando intrigas. O ser humano adora fazer isso. Então, precisamos fazer esse pacto de não agressão.

Eu respeito muito a história do Lúdio e ele tem que respeitar a minha. Esse é o primeiro ponto. Segundo e sentar e definir as regras do jogo, começando pela questão da chapa proporcional. Se são 27 vereadores, quantos o PT terá direito, quanto o PCdoB terá direito, quantos o PV terá direito.

A gente tem que definir tudo isso para se planejar e fazer um calendário da Federação que especifique qual data será definido o candidato a prefeito.

Se for eu candidato, eu pretendo fazer campanha só na hora certa, porque tem pré-candidato usando fortunas da Assembleia e bancando até pelada na periferia, dando cadeiras de roda, dando academias sem qualquer critério. Tem gente fazendo tudo isso e nosso glorioso Ministério Público não está vendo.

Mas eu não vou citar nomes e nem fazer juízo de valores. Agora, eu quero fazer campanha na hora certa, discutindo Cuiabá. Eu sempre trabalhei muito e por onde eu passei eu sempre deixei um legado, deixei uma história interessante. Quando fui secretário do Mauro Mendes, por exemplo, nós recuperamos a visibilidade de Cuiabá, a gente passava pelas avenidas destruídas pela Secopa, VLT, Miguel Sutil era canteiros de mato, canteiros de entulho e nós jardinamos Cuiabá. Infelizmente agora se perdeu um pouco, mas um dia nós vamos resgatar.
 
Leiagora – Por falar em obras estruturantes, havia previsão de trincheiras e outras obras para Cuiabá. Em que pé que está isso?
 
Nós temos uma pessoa em Brasília que vem cuidando disso. O Luciano Duarte vem acompanhando isso, porque são obras cadastradas no PAC. Ele, inclusive, vai na reunião com o prefeito Emanuel, que está indo para a Brasília, e na outra semana eu também estarei indo.

Nós estamos com inúmeros projetos cadastrados no PAC, e uma boa parte deles com possibilidade real de sair, incluindo o VLT Cuiabano. Ele foi cadastrado no PAC, mas não é aquele mesmo VLT da Copa, porque se for o VLT da copa não sai. O maior golpe no estado de Mato Grosso foi o VLT.

O então governador Pedro Taques teve a oportunidade de fazer um TAG com o Tribunal de Contas e entregar o VLT, mas perdeu a oportunidade. Então, está lá os vagões até hoje e a população Cuiabana vai ter o BRT, que é menos durável, que não se compara à sustentabilidade do VLT . O ideal seria ter um sistema híbrido, o VLT nas principais como avenida do CPA e Fernando Correia, com ligações do BRT para os bairros. Aí nós teríamos um sistema que se complementava, nós teríamos o VLT e BRT dando sustentação.

Mas todos que defendiam o VLT passaram a defender o BRT, mudaram de conceito no período de alguns anos. Agora, eu sempre defendia o VLT e continuo defendendo o VLT.

Enquanto São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná estão deixando o BRT para implantar o VLT, nós estamos deixando o VLT para implantar o BRT. Isso é uma reflexão que a população de cuiabana precisa fazer.

Mas enfim, falando do PAC. Nós cadastramos algumas coisas importantes, onde o VLT é um deles. Cadastramos também pela Secretaria de obras, asfalto em 21 novos bairros, e eu tenho muita esperança que isso saia para que a gente universaliza o asfalto em todos os bairros carentes de Cuiabá.

Isso é real, está cadastrado e cadastramos também um projeto interessante, e é disso que eu vou tratar em Brasília na semana que vem. É um Projeto de recuperação do Rio Coxipó, que hoje é um rio que vem sofrendo pela ação do homem.

Nós elaboramos um projeto em parceria com várias entidades, e cadastramos também no PAC do Governo Federal. Seria um projeto que trataria da nascente até o desaguar dele no Rio Cuiabá.
 
Leiagora – E no pacote de mobilidade urbana?
 
Estão cadastrados os viadutos e também estamos em uma busca de parceria com o governo do Estado para a trincheira do Círculo Militar. Nós já encaminhamos o projeto ao governo do estado, estamos fazendo tratativa de assinar um termo aí como assinamos aquele com Tribunal de Contas, onde 13 bairros estão sendo assaltados.

O governo do estado sinalizou positivamente, está interessado em fazer a trincheira do Círculo Militar. Então, eu acredito que será um ano profícuo, embora seja o último ano do governo e tenso por essas questões de ordens técnicas e políticas.
 
Leiagora – Na semana passa o Tribunal de Contas emitiu parecer pela rejeição das contas do município referente ao ano passado. Apesar disso, quem julga as contas são os vereadores. O senhor acredita que eles vão derrubar o parecer?

 
Eu não posso responder com precisão, mas pelo o que eu tenho conversado com alguns vereadores eu acredito que neste momento não há clima para a derrubada.

Neste momento, essa é a sensação que eu tenho. Não conversei com todos e não tenho uma análise 100% disso, o que tenho ouvido são os vereadores que conversam comigo e que estão receosos em derrubar o parecer
 
Leiagora – Mas vai haver uma movimentação do prefeito Emanuel Pinheiro?
 
Sim, agora vem a arte das conversações, que é normal em política. Obviamente, o Emanuel com a equipe técnica vai começar a conversar. Cabe agora ao governo, a nossa equipe a fazer as suas colocações e trabalhar o convencimento dos vereadores. Hoje isso ainda não foi feito, e aí e a arte do convencimento e a arte de dados.
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