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Notícias / Política

07/02/2024 às 08:05

CHEGOU A HORA

O dilema de Mauro: Fabio 'bate meta' de 10%, mas Botelho consolida liderança

Governador precisa decidir quem será o candidato a colocar o bloco na rua para disputar Prefeitura de Cuiabá

Jardel P. Arruda

A única pesquisa eleitoral registrada em janeiro de 2024 aponta a consolidação de uma polarização de Eduardo Botelho (União) contra Abilio Brunini (PL), respectivamente com 23,7% e 20% da preferência do eleitorado, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, mas também demonstra o crescimento de Fábio Garcia (União), que bateu uma meta extra-oficial de 10% da intenção de votos até o início deste ano. 

Esses números, somados aos de pesquisas internas e análises de cenários futuros, ajudam a construir as cenas finais do dilema do presidente estadual do União Brasil, o governador Mauro Mendes, para escolher entre Fábio Garcia e Eduardo Botelho como candidato à Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024.

Fábio Garcia



Se por um lado Mauro Mendes tem em Fábio Garcia um candidato que é “da casa” e com quem poderia contar plenamente caso seja eleito prefeito, seja durante a administração, seja nas eleições de 2026, é fato que Botelho apresenta maiores chances de vitória.

Garcia está diretamente presente em Cuiabá desde agosto de 2023, quando assumiu o comando da Secretaria da Casa Civil. Durante o dia, de segunda a sexta-feira, está em contato direto com lideranças políticas. Durante as noites dos dias de semana e o dia todo aos finais de semana visita os bairros da Capital. 

Passou também a se posicionar diretamente na política local, aumentando as críticas ao atual prefeito, Emanuel Pinheiro (MDB) em um dos frontes e colando a imagem com a do governador Mauro Mendes em outro fronte. 

Essa maior exposição tem garantido crescimento nas pesquisas, mas ainda não possibilitou a Fábio subir de posição na intenção de votos. A frente dele ainda estão Lúdio Cabral (PT), que também ainda não colocou o bloco na rua, o qual mantém 14% dos eleitores, bem como Abílio e Botelho, ambos com mais de 20 pontos.

Botelho 



Por outro lado, o pré-candidato que lidera as pesquisas, Eduardo Botelho, apesar de ser um aliado de Mauro Mendes de longa data, possui muitas outras conexões políticas para além disso. 

O grupo liderado por Botelho, por exemplo, após anos de disputa em Várzea Grande, agora tem o apoio da família Campos. No restante do Estado, conquistou o apoio de Dilmar Dal Bosco e cultiva proximidade com a maioria dos deputados estaduais graças aos mais de 7 anos como presidente da Assembleia Legislativa.

Por isso, líderes ligados a Mauro Mendes vêem toda essa autonomia como possibilidade de conflitos de interesses entre o governador e Botelho nas eleições de 2026. Ou, até mesmo na própria gestão de Cuiabá.

Há também quem pese que Eduardo Botelho lidera as pesquisas somente devido a força das ações da Assembleia Legislativa em Cuiabá. Como presidente de Poder, Botelho também é sempre protagonista nos noticiários e tem o nome massificado junto a população cuiabana. 

Criar adversário

Caso opte por Fábio Garcia, Mauro Mendes deu a palavra de que liberaria Eduardo Botelho para sair do União Brasil para ser candido. Com isso, uma das mais influêntes figuras da política de Mato Grosso deixaria o grupo do governador para ingressar outro, possívelmente de um adverário.

Botelho tem as portas abertas no PSD, presidido pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, principal nome da política de MT fora do grupo de Mauro. E também no MDB de Janaína Riva, PSD de Carlos Avallone e PP de Baliro Maggi.

A ida dele para um desses partidos poderia mudar o pendulo da balança eleitoral em Mato Grosso, mais uma vez afetando os projetos políticos para 2026, quando Mauro Mendes, Carlos Fávaro, Otaviano Pivetta (Republicanos), Jayme Campos (União), Wellington Fagundes (PL), Janaína Riva (MDB) e Max Russi (PSB) devem disputar espaço pelas três vagas majoritárias que estarão em aberto, uma de governo e duas ao Senado.

Tudo isso e ainda mais deverá passar pela cabeça do governador Mauro Mendes, que nos próximos dias deve tomar a decisão de quem será o candidato a prefeito de Cuiabá pelo União brasil para que, logo após o carnaval, o escolhido possa colocar o bloco na rua.


 
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