O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), disse que o procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, irá contratar uma empresa para realizar uma auditoria e apurar se membros no Ministério Público Estadual (MPE) estariam envolvidos no esquema de interceptações ilegais, que resultou na ‘Grampolândia Pantaneira’.
O chefe do MPE se reuniu com os deputados estaduais na tarde desta terça-feira (23), no Colégio de Líderes. Ele foi convidado pela deputada Janaina Riva (MDB). A parlamentar foi uma das pessoas que tiveram seu telefone interceptado.
De acordo com os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Lesco e do cabo Gerson Correa, em depoimento na 11ª Vara Militar da Capital, o ex- procurador geral de Justiça de Mato Grosso, Paulo Roberto Jorge do Prado, e pelos promotores Samuel Frungilo, Marcos Regenold Fernandes, Marcos Bulhões dos Santos, Marco Aurélio de Castro e Célio Wilson e Arnaldo Justino, estariam envolvidos no esquema das escutas ilegais.
O presidente da AL falou que a criação do Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos ‘Grampos’ pode ser aberta, caso 8 deputados queiram, pois seria o número exato para abrir uma comissão de investigação .
“Cada deputado vai fazer seu julgamento. Vamos aguardar a decisão e não precisa ser tomada agora. O procurador disse que vai fazer uma investigação dura dentro do MP. Eu não posso dizer que vai ter CPI, pois depende de 8 deputados. No momento, parece que não, mas o tempo pode mudar”, avisou.
Segundo Botelho, o MP irá manter os deputados informados das investigações. “O procurador irá investigar antes de fazer qualquer pré-julgamento e irá trazer informações aos deputados”, concluiu.