De acordo com o delegado Marcel Gomes de Oliveira, Rosimeire era empresária do ramo de sorvetes, mas precisou fechar a empresa há cerca de um ano. Ao se desfazer de seus equipamentos, vendeu uma máquina para quem viria a ser seu assassino confesso, Jefferson Rodrigues da Silva, pelo valor de R$ 7 mil. O equipamento, em novembro passado, precisou de uma manutenção que custou R$ 2,1 mil, feita pela empresária. Do valor, porém, Jefferson ficou devendo R$ 850.
Mesmo com a dívida, o homem voltou a procurar a empresária para comprar um batedor de milkshake, por R$ 400, e um conjunto de pratos, no valor de R$ 156. Ao todo, acabou com uma dívida de R$ 1.406,00 com Rosimeire.
Dessa última negociação, Rosimeire, que morava no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá, foi até a kitnet de Jefferson, no bairro Jardim Paula 1, em Várzea Grande, para testar o batedor de milk shake vendido. Esse encontro aconteceu na tarde de terça-feira (16), quando ela foi apontada como desaparecida. Dali, Rosimeire acabou saindo morta.
Rosimeire teria cobrado o valor devido por Jefferson que, não gostando da cobrança, deu uma "gravata" na mulher, deixando-a desacordada. Então, resolveu amarrá-la com fitas adesivas, tampando também sua boca, para que não gritasse.
"Ele falou que teve um momento de desespero, porque ele se trata de um recluso que estava usando tornozeleira. Falou que teve a lembrança de que poderia voltar para o sistema prisional e, com medo de que ela o denunciasse por conta da agressão da gravata, ele pegou uma faca de cozinha, de cerca de 30 centímetros de comprimento, e desferiu os golpes no pescoço da vítima", explicou o delegado, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira.
Ocultação de cadáver
Depois do crime, Jefferson procurou ajuda para se livrar do corpo de Rosimeire, que ainda estava em sua casa. Ele chegou a ligar para um parente, dizendo-lhe que "fez merda", sem contar do assassinato. Esse familiar, contudo, disse estar cansado dos problemas de Jefferson, o que o levou a procurar ajuda externa. Enquanto isso, o corpo da empresária foi deixado em sua casa.
Jefferson contou com a ajuda de Pedro Paulo de Arruda, conhecido como “Pedrinho”, para a ocultação do cadáver. Conforme os investigadores, Jefferson atuava como “freelancer” em um lava jato, e foi nesse local que conheceu Pedro. Conforme os investigadores, Jefferson atuava como “freelancer” em um lava jato, e foi nesse local que conheceu Pedro.
Juntos, chegaram na kitnet por volta das 22h. A dupla enrolou o corpo da vítima em um primeiro lençol, depois em uma lona e, por fim, em um edredom. Então, colocaram a mulher no porta-malas do carro da vítima e a levaram até a Passagem da Conceição, onde foi desovado o cadáver.
Localização dos assassinos
Segundo o delegado, após o registro do desaparecimento da vítima, a DHPP já monitorava o carro da mulher, cujas características foram repassadas pela família. “A gente já vinha monitorando esse veículo e a Polícia Militar conseguiu abordar o carro. Então, percebeu que havia um tornozelado dirigindo o veículo, que seria Jefferson”, informou Almeida.
Em um primeiro depoimento, Jefferson apresentou diversas contradições e, conforme os investigadores, nada do que foi dito acabou se confirmando. Contudo, o último interrogatório de Jefferson, que confessou o crime, coincide com a cena do crime.
Estupro negado
Inicialmente, informações divulgadas pela imprensa, com base em declarações oficiais, apontavam a possibilidade de que a mulher tivesse sofrido estupro. Contudo, a Polícia Civil descartou o crime sexual.
Conforme o delegado, a suspeita foi levantada em razão do principal acusado, Jefferson, já ter histórico do crime.
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