A fim de amenizar o impacto financeiro oriundo da pandemia do coronavírus (Covid-19), o governador Mauro Mendes (DEM) anunciou nesta terça-feira (16) a criação do Programa Ser Família Emergencial, que visa oferecer ajuda de R$ 150 às famílias em vulnerabilidade social.
A medida deverá ser oficializada por meio de aprovação de um projeto de lei que foi entregue nas mãos do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Max Russi (PSB), durante solenidade de lançamento realizada na tarde desta terça-feira (15).
Conforme o chefe do Executivo Estadual, o programa atenderá cerca de 100 mil famílias que vivem em extrema pobreza, onde será ofertado um crédito de R$ 150 por mês para aquisição de alimentos.
O auxilio será concedido por três meses, podendo ser prorrogado. “É pouco para alguns que têm muito, tem gente que não tem 150 reais para colocar comida em casa”, colocou o governador.
As famílias foram selecionadas por meio do chamado Cadastro Único. São pessoas que possuem renda per capita de até R$ 89. “Essas pessoas não foram escolhidas por mim, pelo governador ou pela primeira-dama, elas foram filtradas no cadastro único. Trata-se de um cadastro nacional que o governo federal se pautou para o auxílio emergencial” explicou a secretária de Assistência Social e Cidadania, Rosamaria Ferreira Carvalho.
No total, serão investidos R$ 45 milhões nesse programa. Deste montante, R$ 35 milhões é oriundo da fonte 100 do Estado e R$ 10 milhões foram repassados pela Assembleia Legislativa.
“Nós temos homens e mulheres que precisam ser socorridos e o governo se faz presente. É um cartão que parece simples, mas que faz diferença. A Assembleia fica feliz em poder colaborar e ser parceiro em quase 30% do valor desse programa”, colocou Russi frisando que esse programa será modelo para todo o Brasil.
“No Paraná tem um há sete anos, que tem sido premiado internacionalmente, mas tenho certeza que o Ser Família vai superar esses programas nacionais. Essas famílias, quase maioria, são atendidas pelo Bolsa Família. Hoje estamos dobrando a renda dessas famílias. Para muitos, talvez é um almoço num restaurante, uma despesa que não significa muito, mas para essas famílias ter um cartão para ir ao mercado qualquer dia do mês, poder comprar o leite para as crianças, o arroz e o feijão”, completou.
Conforme levantamento feito pela secretaria responsável, Mato Grosso possui 381 mil pessoas em situação de extrema pobreza e 132 mil famílias. “Esse programa vai levar um alento as pessoas que esperam a tanto tempo e nunca receberam de ninguém”, finalizou a secretária.
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