MPE vai investigar denúncia de remédios vencidos em centro de distribuição da Prefeitura
O promotor Alexandre Guedes informou que tomou conhecimento da denúncia pela mídia e irá abrir o procedimento ainda semana, mas prefere não dar data sobre fiscalização in loco
O promotor Alexandre Guedes informou que tomou conhecimento da denúncia dos medicamentos vencidos no Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá pela mídia e adiantou que abrirá um procedimento para apurar o caso que foi denunciado pelos vereadores.
“Recebi a notícia pela mídia e irei apurar abrindo a investigação. Será por inquérito ou outro tipo de procedimento”, afirmou ao Leiagora. Questionado se pretende ir ao Centro de Distribuição verificar a situação, o promotor disse que “não pode adiantar datas de diligências”.
Foram flagrados medicamentos vencidos desde julho de 2020, outros de setembro e alguns de uso comum, como a Amoxicilina, antibiótico usado para tratar infecções bacterianas, que vencem já nesta semana e, provavelmente, vão acabar não sendo usados. Além de outros remédios básicos como Dipirona e Paracetamol, e até mesmo latas de leite em pó, que são dados para bebês. Além do AmBisome, que custa em média R$ 26 mil e é utilizado no tratamento de candidíase e como antifúngico.
A denúncia chegou até o vereador Diego Guimarães (Cidadania), que inclusive está afastado em decorrência de uma cirurgia no joelho, e ele foi até o local acompanhados dos colegas parlamentares: Maysa Leão (Cidadania), que assumiu a vaga no lugar dele, tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) e Michelly Alencar (DEM).
A fiscalização foi registrado em vídeo e as imagens de pilhas de caixas de medicamentos vencidos chocam. Os vereadores também acionaram policiais da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
A secretária Municipal de Saúde, Ozenira Félix, chegou a falar que quando assumiu, em outubro de 2020, solicitou uma verificação no local, mas seis meses depois, nada foi feito com relação aos medicamentos vencidos. A Prefeitura ainda questionou a fiscalização realizada pelos parlamentares, mas pouco falou sobre o que vai ser feito com relação à irregularidade.
Veja vídeo feito pela vereadora Michelly Alencar:
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