Mauro: Rússia só enviará Sputnik V se receber aval da Anvisa
O governo de MT já havia contratado a compra de 1,2 milhão e apesar de decisão do STF autorizar importação, o fabricante já avisou que não entregará doses
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), revelou que o Instituto Gamaley, fabricante das vacinas Sputnik V, feitas na Rússia, sinalizou que não enviará as doses ao Brasil sem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O gestor também voltou atrás na decisão de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) no caso.
Por meio de consórcio nacional formado por 12 estados, Mato Grosso fez a compra de 1,2 milhão de doses do imunizante contra a covid-19. Entretanto, tem enfrentado dificuldades para a importação da vacina, e desde 31 de março tenta obter autorização especial na Anvisa.
Diante da demora, em uma ação movida pelo estado do Maranhão, o STF deu até o dia 28 de abril para que a agência se posicione sobre o pedido. Caso não haja resposta até a data, o estado ficaria automaticamente autorizado a fazer a importação do imunizante. Entretanto, a fabricante russa se manifestou contrária à decisão.
“A Sputnik não aceitou embarcar lá a vacina sem liberação da Anvisa. Isso poderia gerar desdobramentos indesejáveis. Então, prudentemente, eles se negaram e nós concordamos, porque também não queremos criar esse tipo de confusão. O que queremos é que a Anvisa libere”, comentou o governador na manhã desta segunda-feira (26), após evento da Secretaria de Estado de Educação.
Também nesta segunda-feira, o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, ratificou o prazo em uma decisão na qual negou pedido da Anvisa para alterar a data final. Com a negativa do STF, a Anvisa marcou uma reunião extraordinária para esta noite.
Cabe destacar que, até a posição da fabricante, o governador Mauro Mendes já tinha se posicionado favorável à medida adotada pelo Maranhão, destacando que, caso não houvesse manifestação da Anvisa até o prazo determinado, Mato Grosso também iria propor uma ação no STF para ser autorizado a fazer a importação das doses.
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