O presidente estadual do MDB, deputado federal Carlos Bezerra, avaliou a possibilidade de um movimento pró-Lula em Mato Grosso, caso seja esse o direcionamento nacional do partido.
De acordo com o parlamentar, até o momento a sigla ainda não definiu qual rumo tomará em 2022. Bezerra acredita que uma “sentença” deverá ser dada, porém, até o final do ano, conforme se movimente o cenário político.
“Há uma discussão lá em Brasília, dos partidos de centro, sobre o que vão fazer, inclusive o MDB, mas há uma tendência anti-bolsonaro. É uma tendência. O nome mais forte hoje é o do Lula, mas isso não tem nada definido, é apenas conversa”, revelou o parlamentar nesta semana.
Bezerra avaliou que Lula fez um bom governo quando foi presidente da República e que isso, somado ao atual momento vivenciado no Brasil e o retorno da possibilidade de sua eleição, o posicionou como um nome “muito forte” no cenário de 2022.
“Ele é um nome forte popularmente, muito forte, e nessa crise que o país está aí… Ele fez um bom governo como presidente e é um nome muito forte, mas o MDB não definiu ainda como vai ser. Ainda não está definido isso a nível nacional, mas quando o partido definir, eu vou executar o que for definido”, completou o cacique do MDB.
A posição de Bezerra em relação à possibilidade colide com a avaliação do deputado federal Juarez Costa (MDB-MT). O parlamentar ponderou que ser improvável que o MDB inicie um movimento de apoio à eleição do ex-presidente, visto que, segundo o parlamentar, apesar de independente, a bancada federal tem votado conforme as pautas do governo Bolsonaro.
“Eu desconheço essa conversa de se fazer qualquer trabalho aqui a respeito de Lula ou mesmo de Bolsonaro. O MDB é independente no Congresso Nacional, mas hoje a bancada vota com o governo Bolsonaro”, comentou nessa semana.
Nacionalmente, o MDB se apresenta dividido em relação a um possível apoio a Lula em 2022. Bastou rumores de aproximação do ex-presidente para que algumas lideranças já se movimentassem no sentido contrário. Um dos articulares contrários seria, por exemplo, o deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS). O ex-presidente Michel Temer também apoia o movimento.