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25/05/2021 às 14:00

Falta de vacinas no Brasil não deve ser fator para liberação da Sputnik, avalia Gilberto

Secretário diz que, apesar de ansiedade em ver a população vacinada, Anvisa não pode comprometer a segurança dos imunizantes

Camilla Zeni e Marina Martins

Falta de vacinas no Brasil não deve ser fator para liberação da Sputnik, avalia Gilberto

Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

O secretário de saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo, não acredita que as vacinas russas Sputnik V sejam liberadas para uso emergencial no Brasil apenas porque a fabricação nacional de imunizantes contra a covid-19 tem perdido o ritmo. 

Nas últimas semanas, os dois laboratórios fabricantes de vacinas no Brasil, Instituto Butantan e a Fiocruz, informaram a falta de insumos para a produção. Em contrapartida, 12 governadores aguardam a liberação para importação de 37 milhões de doses da vacina russa, que teve o primeiro pedido negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 26 de abril. 

“Nós não torcemos para que haja uma flexibilização e liberação da vacina que vai colocar em risco a população, né? Acho pouco provável que a Anvisa seja subordinada a esse tipo de pressão, até pelas demonstrações que fez até aqui, de trabalho de forma muito profissional e ética”, avaliou o gestor em entrevista ao Playagora, nessa segunda-feira (24).

Gilberto ressaltou que, apesar da ansiedade da população e dos próprios gestores pela chegada de mais imunizantes, a segurança da aplicação é prezada em primeiro lugar. Por isso, segundo ressaltou, espera que a Anvisa não pule etapas. 

“Nós temos uma agência nacional que é competente, responsável, que tem credibilidade internacional, que é a Anvisa. Por mais ansiedade que nós tenhamos de querer uma aprovação, nós defendemos a tese que tem que ser uma aprovação com segurança sanitária no país, e as exigências que a Anvisa têm feito ao laboratório fabricante é justamente buscando essa segurança nacional”, completou.

Segundo o gestor, a expectativa é de que, a partir de agosto, o Brasil já tenha uma produção nacional de imunizantes contra a covid-19, de forma que a campanha de vacinação poderá ser intensificada.

 Além disso, nesta semana a Fiocruz e o Instituto Butantan já devem receber os ingredientes farmacêuticos ativos necessários para a retomada da produção. De acordo com a Fiocruz, o reabastecimento deve permitir a entrega de 12 milhões de doses da Astrazeneca até a terceira semana de julho.

Já em entrevista à rádio CBN, também nessa segunda-feira, Gilberto avaliou que a liberação da Sputnik permitira um avanço na vacinação mais rápido do que aguardando a entrega dos imunizantes pelo Governo Federal. Segundo ele, a Anvisa já enviou à fabricante russa os documentos que são necessários para análise do pedido de importação. "Torcemos para que a indústria atenda os requisitos estabelecidos", manifestou.
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