O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), reconhece que há um risco em abandonar a gestão para disputar o governo do Estado em 2022. Entretanto, ele aposta em um “sentimento” cuiabano que, supostamente, o quer à frente do Palácio Paiaguás.
Desde a sua fala estratégica na inauguração de uma obra da Prefeitura no início do mês, aliás, quando o gestor se lançou à possibilidade de disputar a eleição, Emanuel vem apontando “uma onda”, “um sentimento” e, recentemente, “uma paixão cuiabana” por seu nome.
Ocorre que o prefeito não tem apoio do partido e suas lideranças, que temem que ele acabe como o deputado Wilson Santos (PSDB). O tucano abandonou a Prefeitura de Cuiabá para disputar a eleição de 2010, quando perdeu para o ex-governador Silval Barbosa. Depois, Wilson saiu do estado. Em 2016 ele chegou a disputar a Prefeitura de Cuiabá novamente, perdendo a vaga para Emanuel Pinheiro.
O atual gestor, porém, não acredita que a história se repetirá. “Tudo tem um risco, mas eu acho que o Wilson não teve… Não tinha esse sentimento, eu lembro, eu era deputado. Emanuel Pinheiro é uma paixão cuiabana, e que está conquistando o estado. Wilson não era uma paixão”, avaliou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (27).
Emanuel ainda ponderou que esse “sentimento” é quem poderá elegê-lo governador, e afirmou que, segundo o deputado federal Emanuelzinho Neto (PTB), seu filho, diversas lideranças políticas do interior têm pedido a candidatura do gestor da Capital. E ele também colocou na conta do vice-prefeito, José Roberto Stopa (PV), e de gestores do interior a vontade de se tornar governador.
“O Stopa é quem tem esse desejo [de eu ser governador]. Mas eu não falo que sou candidato a governador, vocês que me perguntam. Agora, a classe política em peso… Emanuelzinho está no interior do Estado e não está vencendo com lideranças políticas que querem que eu saia candidato ao governo do Estado. Está começando a contagiar o interior, e o que é que eu vou fazer?”, disse.
O prefeito ressaltou, por fim, que sua candidatura, hoje, não está posta, e que, em suas palavras, seu amor por Cuiabá é tão grande que ele poderá não deixar a gestão pela metade.