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Notícias / Diversidade

03/10/2021 às 09:30

Sarah Mitch lança clipe com tradução em Libras

Toda vibe dos bailes voguing com um toque sadomasô, acessível aos surdos

Priscila Mendes

Sarah Mitch lança clipe com tradução em Libras

Foto: Reprodução

Que Sarah Mitch é uma rainha, todo mundo já sabia. Mas agora ela se posiciona como uma rainha inclusiva! A drag queen cuiabana de sucesso nacional está com um álbum novinho nas plataformas musicais - o “Ordem Aleatória”, lançou na sexta (1) o clipe da faixa “I’m a Queen” e, nesse sábado (2), a versão da canção com interpretação em Libras, por meio da parceria com a Acessa Libras.

O videoclipe mistura o tema sadomasoquismo com a vibe dos bailes voguing dos Estados Unidos (EUA), da década de 1980, abordados na série da Netflix Pose - que a comunidade LGBTQIA+ ama!

E surgiu de forma muito espontânea: Sarah Mitch já seria jurada das batalhas ‘ball’ (de drag queens) no evento "E a categoria é", realizado na Clan Club, em Várzea Grande. Ela quis se produzir à altura daquele momento e preparou, junto a seus bailarinos, uma coreografia. “Eu já estava produzindo essa música [I’m a Queen] e esse clipe. E tive a ideia: ‘eu posso gravar lá e me inspirar nessa mesma tendência, que é do Pose’”, contou Sarah ao Entretê.

O filme contou, portanto, com cenas da coreô dela e dos dançarinos e com “participações especiais” dos presentes na festa.

O outro cenário foi o salão de beleza Studio Frizon, onde Junio Ribeiro, cabeleireiro que dá vida à Sarah Mitch, trabalha. “A gente se arrumou mais cedo, antes da festa, e gravou lá”, relembra.

A letra da música, a coreografia e a edição do clipe são assinados pela própria Sarah Mitch. As imagens são de Wesley Ilidio e a iluminação, de Natan Oliveira. A produção musical foi de Eduardo Pesente, o figurino de Nilsa Silva, Ortega e Garces e os bailarinos são Ramer Conde, Douglas Paes de Barros e André Britney.

Acessibilidade

“I’m a Queen” com tradução em Libras é o primeiro clipe de Sarah voltado para as pessoas surdas. E surgiu também dos encontros da vida. Túlio Gontijo, da
@acessa.libras, já acompanhava o trabalho da Sarah e fez a proposta de parceria para a cantora. “Nós nos encontramos num evento, ele sugeriu e eu achei muito maravilhosa essa ideia”.

Na versão acessível do clipe, com toda a vivacidade na interpretação de Túlio, também assina a tradução Lucas Delgado, da @acessa.design.



Apoio aos artistas

A produção foi completamente independente. Além da própria iniciativa, planejamento e roteiro, o clipe contou com o trabalho de amigos. “A gente investe nos figurinos, ensaia, a gente mesmo filma, eu mesma edito, a gente tenta fazer com muito carinho, muito amor, é simples, mas bem caprichadinho”, contextualizou Sarah.

Para dar passos maiores, Sarah busca apoiadores. “Estamos buscando patrocínios para conseguir fazer mais e realizar um show no teatro”.

Voguing? Ball?

Os bailes voguing? Nas boates LGBTQIA+, ao som de música pop/eletrônica, em determinado momento, rola uma competição de apresentações de drag queens com as mais variadas expressões. Para essa ‘batalha’, que surgiu underground na década de 1980, nos EUA, dá-se o nome de ball. A dança voguing é inspirada nos movimentos da diva Madonna, desde o imortal clipe Vogue, que faz referência, por sua vez, às fotos na revista homenageada.

Mais sobre a Sarah

Sarah Mitch é drag queen, cantora, compositora, tem 21 anos de carreira e já participou de programas televisivos como “Qual é o seu Talento”, “Legendários” e “Amor e Sexo”.

Nas plataformas de música, dá para conferir alguns singles, EP e álbuns dela.

O último álbum, “Ordem Aleatória”, tem dez músicas, ora em português, ora em inglês e tem até ‘Movimiento’, na língua dos vizinhos latinos. Três canções têm participação especial: Santrosa, que se autodeclara “a embaixadora do funk em Mato Grosso”, o cantor Cristopher Chaves e a cantora Viviane Cantarella.
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