O videoclipe mistura o tema sadomasoquismo com a vibe dos bailes voguing dos Estados Unidos (EUA), da década de 1980, abordados na série da Netflix Pose - que a comunidade LGBTQIA+ ama!
E surgiu de forma muito espontânea: Sarah Mitch já seria jurada das batalhas ‘ball’ (de drag queens) no evento "E a categoria é", realizado na Clan Club, em Várzea Grande. Ela quis se produzir à altura daquele momento e preparou, junto a seus bailarinos, uma coreografia. “Eu já estava produzindo essa música [I’m a Queen] e esse clipe. E tive a ideia: ‘eu posso gravar lá e me inspirar nessa mesma tendência, que é do Pose’”, contou Sarah ao Entretê.
O filme contou, portanto, com cenas da coreô dela e dos dançarinos e com “participações especiais” dos presentes na festa.
O outro cenário foi o salão de beleza Studio Frizon, onde Junio Ribeiro, cabeleireiro que dá vida à Sarah Mitch, trabalha. “A gente se arrumou mais cedo, antes da festa, e gravou lá”, relembra.
A letra da música, a coreografia e a edição do clipe são assinados pela própria Sarah Mitch. As imagens são de Wesley Ilidio e a iluminação, de Natan Oliveira. A produção musical foi de Eduardo Pesente, o figurino de Nilsa Silva, Ortega e Garces e os bailarinos são Ramer Conde, Douglas Paes de Barros e André Britney.
Acessibilidade
“I’m a Queen” com tradução em Libras é o primeiro clipe de Sarah voltado para as pessoas surdas. E surgiu também dos encontros da vida. Túlio Gontijo, da @acessa.libras, já acompanhava o trabalho da Sarah e fez a proposta de parceria para a cantora. “Nós nos encontramos num evento, ele sugeriu e eu achei muito maravilhosa essa ideia”.
Na versão acessível do clipe, com toda a vivacidade na interpretação de Túlio, também assina a tradução Lucas Delgado, da @acessa.design.
Apoio aos artistas
A produção foi completamente independente. Além da própria iniciativa, planejamento e roteiro, o clipe contou com o trabalho de amigos. “A gente investe nos figurinos, ensaia, a gente mesmo filma, eu mesma edito, a gente tenta fazer com muito carinho, muito amor, é simples, mas bem caprichadinho”, contextualizou Sarah.
Para dar passos maiores, Sarah busca apoiadores. “Estamos buscando patrocínios para conseguir fazer mais e realizar um show no teatro”.
Voguing? Ball?
Os bailes voguing? Nas boates LGBTQIA+, ao som de música pop/eletrônica, em determinado momento, rola uma competição de apresentações de drag queens com as mais variadas expressões. Para essa ‘batalha’, que surgiu underground na década de 1980, nos EUA, dá-se o nome de ball. A dança voguing é inspirada nos movimentos da diva Madonna, desde o imortal clipe Vogue, que faz referência, por sua vez, às fotos na revista homenageada.
Mais sobre a Sarah
Sarah Mitch é drag queen, cantora, compositora, tem 21 anos de carreira e já participou de programas televisivos como “Qual é o seu Talento”, “Legendários” e “Amor e Sexo”.
O último álbum, “Ordem Aleatória”, tem dez músicas, ora em português, ora em inglês e tem até ‘Movimiento’, na língua dos vizinhos latinos. Três canções têm participação especial: Santrosa, que se autodeclara “a embaixadora do funk em Mato Grosso”, o cantor Cristopher Chaves e a cantora Viviane Cantarella.
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