Apesar das investigações e diversos escândalos ligados à Empresa Cuiabana de Saúde, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) disse que não pretende extinguir o órgão, mas deve promover mudanças nas nomeações, até mesmo atender a decisão da justiça, e deverá manter o cronograma de licitações.
“Vou seguir o cronograma, temos ordem judicial. A pandemia permitiu as despesas sem licitação, mas já tinha determinado um calendário para as licitações e já começamos a fazer, não vou mudar em nada o cronograma, vou mudar as pessoas devido determinação judicial”, afirmou Emanuel, durante entrevista na manhã desta terça-feira (3).
A autarquia foi alvo na Operação Curare, que apura irregularidades na contratação das unidades de terapia intensiva para covid-19, e resultou no afastamento do secretário Municipal de Saúde, Célio Rodrigues, que também respondia pela Empresa Cuiabana. A suspeita é que o esquema tenha desviado cerca de R$ 100 milhões.
Emanuel aproveitou também para amenizar as denúncias referente ao esquema na saúde e aproveitou para reforçar que defende a apuração dos fatos. “O mais relevante é a apuração dos fatos, a Polícia Federal acima de qualquer suspeita, a Justiça Federal está acima de qualquer suspeito e tem todo meu apoio para elucidar os fatos, que diferente do que colocaram, não tem desvio de R$ 100 milhões, o inquérito elenca uma forte suspeita de formação de cartel, direcionamento de licitação, não teve superfaturamento, ou desvio, a apuração é em cima de um suposto direcionamento, mas que também é crime e terá meu apoio para ser elucidado”, afirmou.