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Notícias / Política

20/01/2022 às 15:30

Prefeitura busca aval do MP e Judiciário para voltar a fazer contratações temporárias na Saúde

O município encontra-se impedido de realizar contratações temporárias em razão das investigações que culminaram na deflagração da Operação Capistrum

Kamila Arruda

Prefeitura busca aval do MP e Judiciário para voltar a fazer contratações temporárias na Saúde

Foto: Prefeitura de Cuiabá

A fim de reforçar o quadro de servidores da Secretaria de Saúde de forma célere, a Prefeitura de Cuiabá busca um acordo com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e Poder Judiciário, para liberar as contratações temporárias. A medida é reflexo do aumento do número de casos de covid-19 no município, e ainda por conta do surto gripal que fez com que aumentasse a procura por atendimento nas unidades de saúde.

Diversos profissionais da saúde encontram-se afastados de suas atividades porque contraíram os vírus. Diante disso, o Executivo Municipal tenta sensibilizar os promotores sobre a atual situação da saúde em Cuiabá.

Leia também - Mais de 500 profissionais da saúde estão afastados por covid-19 ou síndrome gripal

A secretária Suelen Danielen Alliend afirma que já se reuniu com representantes do MP e do Tribunal de Justiça para tratar do assunto. “Estamos tentando com o Ministério Público, já sentamos com o desembargador e os promotores, colocamos a nossa situação. Porque nesse momento, com esse surto e com esse aumento de casos, a gente teme pela saúde e vida das pessoas. Então, estamos aguardando um posicionamento da justiça e também a finalização do processo seletivo”, disse à imprensa nesta quinta-feira (20).

O município encontra-se impedido de realizar contratações temporárias em razão das investigações que culminaram na deflagração da Operação Capistrum e, depois, no afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

O emedebista, a primeira-dama Marcia Pinheiro e outros agentes públicos são acusados de utilizarem as contratações temporárias da área da Saúde como barganha política, especialmente com os vereadores da Capital. Por conta disso, o chefe do Executivo Municipal ficou quase 40 dias afastado do cargo.

Agora, devido ao déficit de mão-de-obra, o município se vê obrigado a buscar outros meios de suprir a demanda, uma vez que não pode realizar as contratações temporárias. Para tanto, está em curso um processo seletivo.

A secretária, contudo, espera uma resposta positiva do Ministério Público e do Judiciário. “Espero que seja ainda hoje essa resposta. Por dois momento nós sentamos, eles entenderam a nossa mensagem e espero que eles se sensibilizem conosco nesse momento tão difícil”, finalizou.
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