Após muita polêmica, a Câmara de Cuiabá reprovou o projeto de autoria do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) que criava o Dia do Orgulho Hétero. A matéria foi rejeitada, em segunda votação, com 18 votos contrários durante a sessão ordinária desta quinta-feira (10).
Apenas o autor do projeto e o vereador Adevair Cabral (PTB) se posicionaram a favor da medida. Já o vereador Dídimo Vovô (PSB) se absteve da votação. Vale lembrar que, a propositura havia sido aprovada em primeira votação em dezembro passado. Na oportunidade, o texto recebeu 15 votos sim, oito ausências e um voto contrário da vereadora Edna Sampaio (PT).
Após a votação, Paccola afirmou que já esperava a reprovação da propositura, tendo em vista a repercussão do assunto na imprensa e nas redes sociais. Ele, inclusive, diz que recebeu ameaças por conta do projeto.
“Eu já sabia que não seria aprovado, mas o meu dever aqui dentro é representar parte (da sociedade). Somos 25 vereadores e cada um representa cerca de 4% da população cuiabana. Eu só quero dizer para a população de Cuiabá que daqui a pouco teremos vários candidatos e aí não se enganem com os discursos, e, principalmente, com a sucessibilidade de cada um na questão ideológica. Muitos que votaram a favor na primeira, voltaram a atrás, pela ditadura que se vive, com medo da pressão das redes sociais”, colocou o parlamentar classificando os colegas contrários e os críticos da matéria como “esquerda histérica”.
O referido projeto de lei com a justificativa de que a Constituição Federal estabelece o princípio da igualdade e que "tal garantia não pode ser restrita às minorias". Para ele, a criação do “Dia do Orgulho Hétero”, previsto para o terceiro domingo de dezembro, garante o direito de todo cidadão afirmar o “orgulho em ser heterossexual”.
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