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Notícias / Agro e Economia

07/04/2022 às 17:45

‘Aumento na demanda faz preço do etanol subir nas bombas’, diz diretora do Sindalcool

Apesar da insatisfação do motorista, setor acredita que nova safra vai causar redução nos preços

Denise Soares

‘Aumento na demanda faz preço do etanol subir nas bombas’, diz diretora do Sindalcool

Foto: Agência Brasil

A oferta e a demanda sempre vão influenciar no preço das bombas dos postos de combustível. É o que pontua Lhais Sparvoli, diretora-executiva do Sindicato das Indústrias de Bionergia de Mato Grosso (Sindalcool/MT).

Mato Grosso é o maior fabricante de etanol de milho do país e o terceiro no ranking geral, quando somada a produção de cana.

O estado é um dos grandes fornecedores do etanol brasileiro e tem previsões cada vez mais elevadas para a produção: a safra 2022/2023 deverá gerar um total de 4,6 bilhões de litros do combustível, sendo destes, 3,6 bilhões oriundos do milho.

Apesar do título expressivo, a diretora explica que não há como individualizar Mato Grosso quando se fala em preço de combustível.

No ano passado, os brasileiros viram o preço sendo impactados pelo barril de petróleo, agregado à alta do câmbio.

O etanol também foi influenciado pela geada e seca que atingiram a região centro-sul do Brasil, prejudicando canaviais em São Paulo, o maior produtor desse produto.

“Você tem um cenário ideal para uma alta de preços e uma demanda ainda crescente com as pessoas retomando as atividades pós-pandemia. Quando se fala em preço de combustível, infelizmente, eu não consigo sair da aula de economia: a oferta e a demanda sempre vão sempre influenciar no preço”, afirmou Sparvoli.

O etanol é visto como substituto da gasolina e 70% da frota brasileira de veículos leves é flex. No entanto, os consumidores não estão vendo vantagem no etanol.

“Quando há um cenário de alta na gasolina, a tendência é que o consumidor migre gerando uma demanda altíssima em um curto período de tempo para o etanol. Nisso, eu não tenho uma reação da oferta na mesma velocidade que tenho da demanda. Isso também vale para a gasolina. O preço na bomba é oferta e demanda”, explicou a representante do sindicato.



O diretor do Sindalcool/MT, Silvio Cesar Pereira Rangel, acredita que os preços nas bombas devem cair nos próximos meses.

 “A questão do preço é pontual, a gente vai entrar em uma nova safra no Brasil inteiro. Acredito que isso vá favorecer a questão dos preços. Deve melhorar um pouco”, acrescentou.

Estimativa

Para a safra 2022/2023, as expectativas revelam altos números. Na cana de açúcar, a previsão é de uma moagem de 15,7 milhões de toneladas, resultando em 1,02 bilhão de litros de etanol e 473 mil toneladas de açúcar.

Já para o milho, são 8,35 milhões de toneladas destinadas para moagem, gerando 3,59 bilhões de litros de etanol e 2,26 milhões de toneladas de DDG, um concentrado proteico de milho utilizado para alimentação animal.
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