Edésio Alves Assunção, de 51 anos, enfrenta júri, nesta quinta-feira (28),
Foto: TJMT
Edésio Alves Assunção, de 51 anos, enfrenta júri, nesta quinta-feira (28), pela morte da ex-mulher, Josilaine Maria Gomes dos Reis, de 32 anos, em outubro de 2021, em Cuiabá.
Ao ser ouvido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da Primeira Vara Criminal, confessou o crime e disse que está arrependido.
Josilaine havia se formado como técnica de enfermagem e foi morta a facadas na frente dos filhos, à época com 6, 7 e 9 anos. Apenas o caçula era filho de Edésio e os mais velhos são de outro relacionamento.
Edésio trabalhava como maqueiro em um hospital, local onde conheceu a vítima, que antes atuava como copeira. Ele negou qualquer tipo de agressão ou ameaças feitas à vítima.
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O réu detalhou em depoimento que no relacionamento, que durou sete anos, só teve discussões verbais com a mulher.
“Estava bêbado e arrombei a porta. Eu estava depressivo e dei uns golpes [de faca] nela, que dormia, fiz essa besteira. Estou super arrependido”, confessou ao júri.
Antes de matar a mulher, Edésio explicou que estava em um bar, na capital, onde havia ingerido bebida alcoólica.
“Eu dei três facadas nela. Eles acordaram, [os filhos] estavam assustados. As crianças foram até a porta e ela ainda não tinha morrido. Ela se levantou, a peguei pelo braço e a levei para o banheiro. Falei para as crianças irem para a casa da vizinha e contar o que havia acontecido”, pontuou o acusado.
Edésio negou que ameaçou as crianças. Ele afirmou que se arrependeu do crime ainda no local e, por isso, deitou na cama e deu uma facada no próprio peito, tentando se matar.
Ele está preso em uma unidade prisional da Capital desde a ocasião do feminicídio. Edésio disse que nunca recebeu visita do filho que teve com Josilaine e nem recebe visitas dos outros quatro filhos que tem de outro casamento.