Com filiados divididos em ser a favor ou contra a reeleição do governador Mauro Mendes, uns preferem apoiar o deputado federal Ner Geller (PP) ao Senado, e outros optam pelo senador Wellington Fagundes (PL), a tendência é de que o MDB libere os membros a apoiar quem quiser na campanha majoritária, justamente pela sigla não ter candidato.
“É uma discussão que vai ser travada em julho. Entendo que haverá uma liberação para que certos militantes partidários possam apoiar candidaturas até diferentes daquela que o partido escolher", explicou, citando o exemplo da deputada Janaina Riva (MDB), que apoia a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), apesar de a legenda estar fechada com Neri Geller.
Faiad destaca ainda que o próprio presidente do partido, Carlos Bezerra, já disse que vai haver uma liberação nesse sentido, então eu acredito que possa haver também a liberação para que alguns componentes do partido apoiem candidaturas diversas a do governador Mauro Mendes”, argumentou o advogado Francisco Faiad, uma das lideranças da Executiva Estadual do MDB.
Por agora, ele diz que o partido está focado nas candidaturas proporcionais e a meta de eleger seis deputados estaduais e três federais.
“Mudou muito a contagem de votos para a eleição proporcional, não há coligações e cada partido vai ter que lutar de forma independente para conseguir os votos. O MDB está montando essa chapa forte, por isso é que eu disse que a nossa preocupação nesse momento é montagem da chapa forte porque cada partido vai ter que se virar por si mesmo”.
Ele comentou sobre o reforço na chapa com a vinda do deputado federal Emanuelzinho para o MDB, fortalecendo os nomes para disputar as vagas da Câmara Federal.
“Nós já tínhamos dois federais com praticamente o terceiro que era o deputado Valtenir Pereira, que assumia constantemente a Câmara Federal. Agora nós temos mais um reforçando esta luta de formar uma chapa forte, com nomes fortes e com viabilidade eleitoral grande para elegermos três federais e seis estaduais”.
Cenário nacional
A pré-candidata a Presidência da República, Simone Tebet, deve vir a Cuiabá entre 22 e 23 de maio para conversar com os correligionários sobre a candidatura que ela esta tentando construir de terceira via, dando opção além do presidente Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula (PT).
“É uma candidatura difícil pelas pesquisas que estamos vendo pessoalmente. Não tendo uma candidata, o partido vai deliberar pelas duas candidaturas postas e qual seguir. É difícil ter candidata à presidência que tenha 1% ou 2%, é difícil carregar, já passamos por isso há quatro anos com a candidatura do Meireles”, lembrou.
Ele comentou ainda que alguns membros do partido como senador alagoano Renan Calheiros entende como o número de deputados do MDB no congresso reduziu por conta da candidatura do Meireles.
“Temos hoje um MDB no Nordeste e no Norte que apoiam o Lula. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, apóiam Bolsonaro, então o MDB vai ter que decidir isso, a não ser que libere os seus candidatos para apoiarem qualquer candidatura. Se o partido não lançar a Tebet a presidência, não lançará ninguém a majoritária. Acredito que essa seria a melhor alternativa para o partido ate pra viabilizar eleição de um número maior de deputados e senadores”.
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