Por conta do período eleitoral, o senador Wellington Fagundes (PL) não acredita que as discussões em torno da criação de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) vão para frente no Senado Federal. No entendimento dele, toda investigação aberta nesse momento será conduzida por viés político-eleitoral, tendo em vista o pleito de outubro deste ano.
Estão em discussão na Casa de Leis a implantação de duas CPIs. A primeira, intitulada de CPI do MEC, mira em denúncias de corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação.
A outra, CPI da Petrobras, investigaria a política de preços adotada pela empresa de economia mista, diante dos inúmeros aumentos no preço do combustível.
Com relação a CPI do MEC, Fagundes acredita que ela sequer irá sair do papel. “A CPI é uma comissão parlamentar e toda ação parlamentar é com conteúdo político. Como estamos às vésperas de uma eleição, ela é com um conteúdo politico eleitoral, partidário, segmentado. Não tem como você fazer uma CPI nesse momento com isenção”, avalia.
Nesse mesmo contexto, ele opina sobre a CPI da Petrobras e avalia que a criação da comissão para investigar a estatal, neste momento, trará vulnerabilidade para o Brasil.
“Não foge à regra, a minha fala é a mesma. Uma CPI nesse momento não tem como não ser com viés partidário ideológico, e nesse caso tem uma situação extremamente complexa. A Petrobras é uma política internacional, com guerra que está afetando a questão do combustível no mundo, isso pode trazer uma vulnerabilidade para o país”, finalizou.