O deputado estadual João Batista (PP) declarou que foi atacado nas redes sociais por amigos do vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos), após se posicionar contra a ação do parlamentar no dia 1º de julho, que resultou na morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, 41 anos.
João Batista, que diz estar acompanhando a investigação, para que “não passe em branco”, afirma que deve aguardar o relatório da perícia e o posicionamento do Ministério Público acerca do caso. “O laudo apontando que realmente houve o cometimento de um crime… crime foi, na verdade, porque foi um homicídio. Mas que foi culposo e não doloso, que seja feita a justiça, até porque o que a família do Alexandre espera é exatamente isso”.
O deputado disse que entende algumas vezes ser necessário decidir entre garantir a própria vida e a de pessoas inocentes, mas não acredita que essa tenha sido a situação em que o vereador está envolvido.
Conforme João Batista, Paccola teve tempo para acionar a Polícia Militar e pedir apoio, porém decidiu por não fazê-lo. O deputado avalia que, caso a situação tivesse sido conduzida de outra forma, possivelmente não teria tido o mesmo final trágico.
O parlamentar cita que publicou o mesmo posicionamento em seu perfil pessoal nas redes sociais, e acabou sendo diminuído por algumas pessoas. Segundo João Batista, ele foi descredibilizado por ter sido policial, como se não tivesse conhecimento para falar sobre o acontecido.
“Eu, particularmente, não tenho o treinamento que o vereador, como muitos dos amigos dele me criticaram em redes sociais, me atacaram em redes sociais [escrevendo] 'quando comecei a ler, que eu vi policial penal, eu parei de ler'. Tem uma discriminação, um preconceito muito grande. Nós temos policiais penais que são muito bem qualificados e estão preparados para não cometer erros como esse, Porque eu acredito que foi um erro o que foi cometido”, concluiu o progressista.