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Notícias / Polícia

21/09/2022 às 09:12

Em áudio enviado a amigos, Paccola diz que achou que Japão iria matar namorada

Celulares do vereador foram apreendidos e periciados; agente penitenciário foi morto por Paccola em julho

Katiana Pereira

Em áudio enviado a amigos, Paccola diz que achou que Japão iria matar namorada

Foto: Reprodução/Montagem Leiagora

Em áudios enviados a amigos, após ter matado a tiros o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, o vereador Marcos Paccola (Republicanos), conta que realmente achou que o agente iria matar a namorada, a advogada Janaína Sá. Apenas depois do crime é que ele soube que foi Janaína quem pediu para que Alexandre sacasse a arma. 

Diversos áudios e mensagens de textos foram analisados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) e anexados ao processo que tramita na 12ª Vara Criminal de Cuiabá. Paccola é réu no processo por homicídio qualificado contra Miyagawa, que foi alvejado por tiros disparados pelo vereador em uma conveniência próxima ao restaurante Choppão, na Capital. 

No áudio em que se refere à namorada da vítima, a troca de mensagens iniciou às 21h13 do dia 2 de julho, Paccola conta que viu uma confusão e desceu de sua camionete para verificar a situação. O vereador diz que pensou que seria apenas uma “discussão de cachaça”. No entanto, quando estava indo embora uma pessoa teria gritado “ele está armado, ele vai matar ela''.

Paccola então, voltou e viu que o agente estava segurando uma arma.  “Aí eu fui na esquina, só aí que eu consegui olhar. Já vi ele com a arma em punho. Ela atrás dele e ele indo para o outro lado. O homem não usa arma para ameaçar mulher. Então, se ele sacou arma, o entendimento, né, como técnico, era que ele tava levando ela. Ia matar ela", diz trecho de áudio de Paccola.

No mesmo dia, às 21h18, Paccola envia outro áudio aos amigos. Dizendo que a namorada de Alexandre é quem falou para ele sacar a arma.  “Depois fui ver que na verdade ela mandou sacar, e na verdade o cara não tava indo para matar ou agredir ela, na minha cabeça, na imagem e no cenário [...] a primeira coisa que imaginei que ele fosse matar ela, entendeu”, disse.

Transcrição
fac-simile - MidiaNews

Antes disso, às 20h42, Paccola contou que não viu Alexandre sacar a arma. Paccola revelou que o agente, ao invés de obedecer a ordem para largar a arma, fez menção de virar contra ele, movimento que fez Paccola acreditar que pudesse ser atingido por um disparo e por isso atirou. Este movimento, contudo, não foi confirmado pelas imagens das câmeras de segurança do local.

O caso 

Paccola matou a tiros, em 1º de julho, o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos. Por conta disso, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado. Paralelo a isso, também foi instaurado no Legislativo Cuiabano um processo de cassação contra o parlamentar.

Janaína, namorada da vítima, foi indiciada pelos crimes de embriaguez ao volante e por trafegar em velocidade incompatível com a segurança em vias de grande movimentação, previstos nos artigos 306 e 311 do Código de Trânsito Brasileiro, além de colocar a vida ou a saúde de outrem em perigo direto e iminente e destruir, inutilizar ou deteriorar a coisa alheia, previstos nos artigos 132 e 163 do Código Penal.


 
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