Os dois primeiros colocados nas pesquisas eleitorais para o governo de Mato Grosso trocaram acusações no programa eleitoral desta quarta-feira (21). Tanto Mauro Mendes (União), quanto Marcia Pinheiro (PV) iniciaram seus respectivos programas falando mal do adversário e somente depois começaram a falar de propostas.
Mauro Mendes
“Toda eleição é a mesma coisa, os adversários distorcem a verdade e mentem”. Com essa frase, dita pelo próprio governador Mauro Mendes, começou o programa o candidato à reeleição. Em seguida, um narrador fala que Márcia Pinheiro já foi condenada pela Justiça Eleitoral a retirar 6 propagandas do ar.
E essa foi a deixa para o governador questionar os ataques à política de redimensionamento da rede estadual de educação. A propaganda trouxe vários servidores da educação, entre professores e diretores, além de alunos, defendendo o modelo adotado pelo estado de redistribuir vagas de escolas.
De acordo com Mauro Mendes, essa política não pode ser chamada de fechamento de escolas, porque as vagas continuam abertas e a população assistida. Além disso, ele destaca que com isso os alunos foram movidos para escolas com prédios melhores e deixa a entender um aumento na frequência escolar.
"Eu sou filho da educação pública. Eu fui criado em uma família muito humilde”, diz Mauro. “Graças a Deus e a oportunidade que a educação pública me deu, eu construí minha história”, completa.
Ele destaca a construção de 20 novas escolas, da aquisição de material escolar igual ao das escolas particulares e que os professores receberam notebooks e internet do Estado. Mauro ainda comemora o crescimento de 3 posições de Mato Grosso no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), de 22º à 19º.
Por fim, ele faz o compromisso de ampliar o número de vagas nas escolas em tempo integral, de escolas militares e, nos próximos anos, colocar a educação de MT entre as 10 melhores do Brasil.
Márcia Pinheiro
O programa eleitoral de Márcia Pinheiro começa com uma narração questionando o aumento de impostos em Mato Grosso com o objetivo de “engordar” os cofres públicos. “Fechou escolas, fechou hospitais, não pagou RGA integral, lotou as estradas de pedágio, tachou o comércio, os remédios e o aposentado. Até o sol quis taxar”, diz o narrador.
Várias pessoas falam de como o aumento de taxas impactou a vida cotidiana, inclusive na alimentação, durante a propaganda. Também são apresentado os dados de que 1 milhão de pessoas em Mato Grosso estão com nome negativado por falta de recursos para pagar contas.
“Nosso estado é campeão nacional na cobrança de ICMS. Isso quer dizer que a gente paga o maior icms por pessoa do Brasil. E digo mais, a taxa, que antes era isenta de impostos, foi taxada sem dó. Inclusive os ossinhos”, diz Márcia, que faz compromisso em reduzir impostas e taxas.
Outros candidatos
O candidato do PTB, Marcos Ritela, focou na educação. Ele destacou que Mato Grosso era o 22º colocado no Ideb e, para melhorar isso, se comprometeu a construir escolas militares em todos os municípios de Mato Grosso.
Já o candidato do PSOL, Moises Franz, destacou a importância do SUS no combate à pandemia e covi-19 e fez compromissos de investimentos no setor.
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