O deputado estadual Valdir Barranco (PT) afirma que maioria dos deputados estaduais decidiram por devolver o projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2023, o projeto de lei 814/2022, ao governo do Estado para serem feitas adequações nos valores apresentados. De acordo com ele, a peça é “fictícia” a ponto de ter um valor de receita para o próximo ano inteiro menor do que os 9 primeiros meses de 2022.
“Foi praticamente unanimidade que seja devolvido os autos da peça orçamentária ao governo do Estado para que ele pudesse fazer as devidas adequações. Não dá para admitir que nós, que estamos com uma receita até setembro já maior em 2022 do que a estabelecida na peça orçamentária para 2023”, afirmou Barranco, na quinta-feira (20), na Assembleia Legislativa.
De acordo com ele, a decisão foi tomada em uma reunião do Colégio de Líderes, na qual se reúnem, a portas fechadas, os deputados estaduais para tomar decisões em conjunto antes de expô-las em plenário ou ao público.
A LOA de 2023 estima uma receita total em R$ 30,815 bilhões e de R$ 26,245 bilhões em receita corrente líquida. A previsão atual é que o ano de 2022 finalize com uma receita corrente líquida em mais de R$ 29 bilhões, portanto, para ser considerada real, a Lei Orçamentária Anual do próximo ano prevê que Mato Grosso estará com a arrecadação estagnada.
“Se a gente pegar de 2010 para cá, nunca tivemos um exercício com receita menor que o anterior”, resumiu Barranco, ao explicar em porque não acredita na peça orçamentária.
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