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Notícias / Política

02/01/2023 às 19:25

Fávaro tem posse prestigiada por aliados de Mendes e faz discurso de conciliação com agro

O novo ministro ainda deixou claro que terá como prioridade o combate à fome e a produção sustentável

Alline Marques

Fávaro tem posse prestigiada por aliados de Mendes e faz discurso de conciliação com agro

Foto: Guilherme Martimon/MAPA

O ministro recém-empossado da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, assumiu, nesta segunda-feira (2), a pasta com um discurso de conciliação com o agronegócio e conclamando às lideranças do setor a se engajarem no combate à fome e na proteção ao meio ambiente.

A solenidade foi prestigiada por políticos mato-grossenses como os senadores Jayme Campos (União) e Wellington Fagundes (PL), além do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (União), o primeiro-secretário da ALMT, Max Russi (PSB), e o deputado diplomado Júlio Campos (União). Vale destacar que todos eles são da base do governador Mauro Mendes (União), o que mostra também que poderá haver a construção de uma reaproximação entre o novo ministro e o chefe do Executivo.

Por outro lado, também estiveram presentes o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), inimigo político de Mendes, e o vereador Juca do Guaraná, que assume uma cadeira na Assembleia no dia 1º de fevereiro. 

O setor do agronegócio, principalmente, em Mato Grosso foi um dos grandes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Por isso, Fávaro assume com uma missão de acalmar os ânimos no setor e deixou claro uma de suas maiores missões é "pacificar o agronegócio" com lideranças que queiram o bem da agropecuária, do produtor rural, da população e que queiram combater a fome. Segundo o novo ministro ainda há brasileiros que lutam para ter três refeições por dia.

Ele ponderou ainda que o momento é de união em prol do combate à fome, “independente do que passou”. Com isso, ele acena às lideranças do agronegócio que fizeram oposição à candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O novo ministro é produtor de soja e já atuou como liderança da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja).

Ainda em tom conciliatório, Fávaro elogiou as gestões de todos os seus antecessores desde 2002, incluindo os ministros que ocuparam a pasta no governo Bolsonaro – Tereza Cristina e Marcos Montes –, citando ambos nominalmente.

Contudo, ele não poupou críticas a outras áreas da administração anterior, como por exemplo a preservação do meio ambiente e o aumento do desmatamento observado nos últimos anos. “O Brasil se tornou pária mundial no que diz respeito ao desmatamento, ao meio ambiente, à condição de produzir com sustentabilidade. Esse é o maior desafio, reconstruir pontes com a comunidade internacional. Não porque eles querem, mas porque se faz necessário”, disse Fávaro.

O ministro acrescentou que uma de suas providências nesse sentido será a valorização da ciência e a recuperação de pastagens degradadas, que segundo dados citados por ele corresponderiam a cerca de 40 milhões de hectares. Com isso, seria possível aumentar a área de cultivo sem incremento no desmatamento, disse.

“Isso não será uma retórica ou simples discurso. Nós iremos abrir a porta para o crescimento sustentável da produção brasileira”, afirmou Fávaro antes de encerrar seu discurso, que ocorreu no auditório da Embrapa, empresa pública de pesquisas na área agropecuária que o novo governo promete fortalecer.

Também estiveram presentes na cerimônia diversos parlamentares ligados à produção rural e outras autoridades como o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é do Mato Grosso, mesmo estado onde Fávaro fez carreira política e pelo qual se elegeu senador, apesar de ter nascido no Paraná. Além do procurador Marcelo Ferra, que representou o Ministério Público de Mato Grosso. A deputada federal Rosa Neide (PT) e o suplente de deputado federal Valtenir Pereira (MDB) marcaram presença, além de alguns prefeitos do estado. 

O ministro da Agricultura anterior, Marcos Montes, não compareceu à cerimônia de transmissão de cargo, tendo sido representado pelo ex-secretário-executivo da pasta, Márcio Eli Almeida.


 
Com informações da Agência Brasil 
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