Desde 1727, quando a Câmara de Cuiabá foi criada, até os dias atuais apenas 12 mulheres atuaram no Legislativo da capital mato-grossense, destas, duas conseguiram chegar à Presidência do Parlamento. Já são 296 anos de história e apesar dos avanços nas políticas voltadas às mulheres ainda pode ser considerada tímida a participação feminina na tomada de decisões sobre as demandas de Cuiabá.
Somente em 1951, 224 anos depois de sua criação, é que uma mulher chegou ao Parlamento municipal. O fato ocorreu 19 anos após a conquista do voto feminino e a escolhida foi Estevina Abalém, que, inclusive, chegou a ocupar o cargo de primeira-secretária da Câmara. Ela ainda foi reeleita pelo UDN (União Democrática Nacional) para mais dois mandatos.
A segunda a assumir uma vaga no Parlamento Municipal foi Nazareth Hans, eleita pelo PSD, ela ficou na Câmara de Cuiabá por seis mandatos consecutivos. Ela tomou posse pela primeira vez em janeiro de 1955. Hans entrou para a história do Legislativo por ter sido a mulher que mais teve mandato em Cuiabá.
Já em 1965, a Câmara de Cuiabá teve a sua primeira presidente mulher, a então vereadora Ana Maria do Couto, que assumiu em 1963 e ficou na Casa por quatro anos.
Após a sua saída, a Câmara só voltou a ter uma mulher 30 anos depois, quando Beatriz Spinelli foi eleita. Ela assumiu em 1993 e ficou até 1996. Além dela, Lueci Ramos também assumiu o mandato sendo reeleita cinco vezes.
Na eleição seguinte chega ao Parlamento Municipal, Chica Nunes, tendo sido, inclusive, a segunda mulher a assumir o comando da Câmara de Cuiabá.
O 2001 foi marcante para a Casa de Leis com relação à participação feminina. Nesta legislatura, foram eleitas quatro vereadoras. Além de Chica Nunes e Lueci Ramos, que na época foram reeleitas, também faziam parte do quadro de parlamentares da Câmara de Cuiabá Verinha Araújo e Enelinda Scala, ambas do PT.
Lueci ainda permaneceu no Parlamento até o ano de 2016. Nesta eleição, nenhuma mulher foi eleita para representar a população cuiabana.
Já em 2020, duas mulheres foram eleitas: Edna Sampaio (PT) e Michelly Alencar (União). No entanto, atualmente, a legislatura conta com mais uma representante das mulheres. Maysa Leão (Cidadania) assumiu o cargo ainda no ano passado, quando o tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) foi cassado e acabou efetivada este ano, em fevereiro, com a renúncia de Diego Guimarães, que assumiu o mandato de deputado estadual.
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