O deputado federal Fábio Garcia (União) espera que a comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para apurar os ataques à sede dos Três Poderes no dia 8 de janeiro seja ferramenta para punir quem se omitiu na defesa do patrimônio público e ainda não está preso, bem como os financiadores dos atos.
“Eu espero que os fatos sejam completamente esclarecidos e aqueles que fizeram atos criminosos, que financiaram atos criminosos e se omitiram na defesa do patrimônio público sejam penalizados, doam a quem doer”, afirmou o parlamentar, no dia 30 de abril.
Apesar de não citar nomes, a declaração do deputado pode servir como interpretação sobre o que ele espera em relação ao ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, amigo pessoal do presidente Lula (PT), que foi filmado em conversa com invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.
O Partido Novo pediu abertura de processo contra Gonçalves Dias pelo suposto crime de prevaricação, enquanto alguns parlamentares isolados, como Nikolas Ferreira (PL-MG) pediu a prisão do ex-ministro.
Mesmo sem citar nomes, Fábio Garcia reforça que todos que cometeram algum crime naquele dia, relacionado aos ataques aos Poderes, precisam ser punidos com o mesmo rigor.
“De fato é que tivemos milhares de pessoas presas, um governador eleito democraticamente afastado de seu mandato, secretário de Justiça e ex-ministro da República até hoje preso por suposta omissão. O que a gente espera? Que os fatos sejam apurados e que a justiça seja justa, penalize as pessoas pelos crimes que elas cometeram na mesma medida, com a mesma intensidade”, analisou.
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