O governador Mauro Mendes (União) lamentou a mudança no parecer da Advocacia Geral da União (AGU) que se manifestou contrária a obra da Ferrogrão, que ligará Sinop ao porto de Miritituba, no Pará, e alegou que trata-se de uma hipocrisia ambiental orquestrada por inimigos do Brasil.
“É lamentável que exista essa hipocrisia ambiental no Brasil. Proteger o meio ambiente todos nós temos o dever de fazê-lo, é necessário que façamos, é necessário que nós tenhamos um cuidado, um lugar comum que é o meio ambiente, que é o nosso planeta. Porém, não dá pra ficar com crise ambiental. É igual aquela história lá de proibir a Petrobras de pesquisar petróleo há mais de 300 quilômetros em alto mar que aquilo poderia causar impacto em uma terra indígena. Se fosse uma verdade, nós tínhamos que fechar o Brasil, porque 300 quilômetros, todo lugar no Brasil tem uma reserva indígena, em Mato Grosso ou na maioria dos estados brasileiros. Agora imagine em alto mar”, reclamou Mendes, citando a proibição do Ibama à Petrobras de explorar petróleo na área da foz do Amazonas, no litoral do Amapá.
Para Mendes, essas proibições partem de pessoas que são inimigas do Brasil e acabam por prejudicar o país. Ele voltou a destacar que a ferrovia se trata de um modal ecologicamente correto por consumir menos combustíveis fósseis, emite menos carbono, e que ainda traz ganhos em diversos aspectos para o país.
“Então é essas pessoas que vão falando de meio ambiente e não dá pra levar a sério um negócio desse, não parece sério, não parece responsável, parece que são os nossos inimigos do Brasil que estão cuidando desse chamado meio ambiente para prejudicar o país e a Ferrogrão é algo parecido. Parece que alguém que quer ser contra a nossa logística, contra a nossa produtividade, contra a eficiência, que não quer deixar o agronegócio brasileiro, que é a única atividade que compete no mundo inteiro. Nós exportamos para 190 países e nós precisamos ter um meio de transporte que o mundo inteiro usa”, ponderou.
Mendes diz que o fato de a ferrovia impactar menos de 1% da terra indígena não pode justificar um prejuízo gigantesco para o país, chamando inclusive de “desculpas milimétricas”, lembrando que ao não construir os trilhos, a região continuará sendo impactada pela rodovia, onde rodam carretas que queimam pneus e combustíveis fósseis. “Parece que tá sendo patrocinado por quem é contra o Brasil”, disparou.
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços. Ao utilizar nosso site, você concorda com tal monitoramento. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.