Por ser próximo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o deputado federal Abílio Júnior (PL) sugeriu para o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), fazer a mediação para não deixar que o parecer da Advocacia Geral da União (AGU) impeça a construção da Ferrogrão, nova ferrovia que ligará Sinop, no norte de Mato Grosso, ao porto de Miritituba, em Itaituba, no Pará.
“Eu penso que o governo federal vai ouvir os que são mais próximos a ele. [...] Então não adianta a bancada em si, adianta aqueles parlamentares que têm votos no setor que saiu prejudicado e são próximos ao governo do Lula. No caso, só vejo o Fávaro ou o Jayme fazendo essa interlocução. O Juarez também é um desses que está ligado e afeta diretamente o município dele”, observou o deputado nessa segunda-feira (29).
Ainda conforme Abilio, a paralisação das obras da ferrovia será prejudicial. “O próprio trabalho do governo do estado, que lutou tanto para conseguir trazer o projeto e ter um parecer favorável na gestão Bolsonaro e agora um parecer contrário que prejudica e muito o estado de Mato Grosso”, concluiu.
Alteração do parecer
A Advocacia-Geral da União (AGU) atendeu um pedido do Ministério dos Povos Indígenas e alterou o parecer na ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) referente à inconstitucionalidade da lei que permite a construção da Ferrogrão. O documento foi enviado na última sexta-feira (26) à Corte e será analisado durante o julgamento que está marcado para esta quarta-feira (31).
O assunto repercutiu na classe política em Mato Grosso que defende a construção da ferrovia. O governador Mauro Mendes (União) já se posicionou sobre o assunto e destacou que o modal ferroviário é mais ecologicamente correto e chegou a insinuar que exista interesses comerciais ligados às indústrias de pneus e combustíveis fósseis. Entidades ligadas ao agro também defendem a realização da obra.
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