Membro titular da Comissão de Ética que irá julgar a conduta do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), o colega de Parlamento Diego Guimarães (Republicanos) avalia como prejudicial ao processo que os demais membros manifestem antecipadamente à imprensa seus posicionamentos sobre o caso concreto. O parlamentar republicano diz que ainda não teve acesso à denúncia contra Cattani, tampouco à defesa dele.
“Entendo que os fatos são, sim, graves, mas qualquer juízo de valor, logicamente, ele não é devido. Todo julgador ao sopesar qualquer fato, ele tem um pré-julgamento pessoal sobre a gravidade desse fato. Mas acho que a instrução, as provas colhidas no decorrer desse processo da Comissão de Ética, juntamente com a defesa dele, que poderão embasar qualquer tipo de punição ao deputado Cattani”, declarou à imprensa nessa quarta-feira (2).
Cattani responde a um processo ético por suposta quebra de decoro quando ele gravou um vídeo no qual pediu desculpa a vacas por tê-las comparado a mulheres. E a maioria dos membros da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) já declarou ser contra a cassação do mandato do deputado.
Janaina Riva (MDB), Max Russi (PSB) e Júlio Campos (União) já emitiram declarações contrárias à cassação do mandato de Cattani. O único que até o momento não falou sobre o assunto foi Elizeu Nascimento (PL), correligionário de Gilberto e, pela lógica de aliança partidária, tende a votar contra qualquer tipo de punição.
Diego Guimarães se tornou titular da comissão após o afastamento do titular original, Wilson Santos (PSD), após Cattani solicitar a suspeição do deputado do PSD. Isso, porque ambos protagonizaram uma discussão no plenário da ALMT e ele considera que Wilson, portanto, não poderia o julgar por se tratar de um parlamentar com objetivo claro de o punir.
