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Notícias / Polícia

17/08/2023 às 16:29

TRATAMENTO DA ESQUIZOFRENIA

Juiz pede que hospital informe disponibilidade de vaga para internar suspeito de matar advogada

Almir estava em acompanhamento ambulatorial, por falta de vaga para internação em hospital psiquiátrico, quando teria cometido o crime

Eloany Nascimento

Juiz pede que hospital informe disponibilidade de vaga para internar suspeito de matar advogada

Foto: reprodução

O juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da 2ª Vara Criminal de Cuiabá, solicitou que o hospital psiquiátrico estadual Adauto Botelho indique a disponibilidade ou não de vaga para internação do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis, 49 anos, suspeito de matar a advogada, Cristine Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos. A vítima foi espancada e asfixiada até a morte.

No documento, datado da terça-feira (15), o magistrado destaca que o suspeito possui insanidade mental e que, em decorrência dessas condições, foi fixada uma medida de internação por dois anos, o absolvendo do crime de roubo qualificado cometido em 2014.

O pedido de internação de Almir foi expedido no fim de outubro de 2022. Na época, foi determinado ainda que, após a internação dele, a Equipe de Avaliação e Acompanhamento das Medidas Terapêuticas Aplicáveis às Pessoas com Transtorno Mental em Conflito com a Lei (EAP), elaborasse um relatório do quadro apresentado. 

A ordem de internação no hospital foi cumprida meses depois, em junho deste ano, mas devido à falta de vaga, a Justiça converteu o mandado provisoriamente pelo período de três meses em acompanhamento ambulatorial em um Centro de Assistência Psicossocial (CAPS). 

Uma declaração de comparecimento do paciente foi dada pela Defensoria Pública, bem como a declaração médica atestando que ele estava bem e em bom estado, apto físico e mentalmente para realização de atividade laboral.

Quase dois meses depois da cumprimento da ‘internação’, o suspeito conheceu a advogada em um bar na região da Arena Pantanal, em Cuiabá, e de lá pegou uma carona com ela até a casa dele, onde teria matado a vítima espancada e asfixiada. Depois disso, Almir colocou a vítima no banco do passageiro do carro dela e abandonou o veículo com o corpo no Parque das Águas. 

Na segunda (14) , após a repercussão do caso, o suspeito foi preso pela manhã e, no final da tarde, foi submetido à audiência de custódia, ocasião em que a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. 

Na oportunidade, a defesa pediu a liberdade com a internação provisória para tratamento da esquizofrenia, mas a  juíza da 6° Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro  negou o pedido e destacou a gravidade do delito e os autos do atestado médico. 

Diante disso, o juiz determinou um prazo para que o Hospital Adauto Botelho informe sobre o quadro de vagas na unidade. “Pois bem. A situação verificada nos autos guarda sensibilidade e requer análise acurada. Assim, intime-se a EAP para que apresente, no prazo de 48 horas, relatório, ainda que parcial, do quadro verificado em relação ao paciente Almir Monteiro dos Reis, bem como, para que indique a disponibilidade, ou não, de vaga para internação do paciente”, diz trecho do documento.
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