Recém-afastado da presidência do PL em Cuiabá e membro da base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o presidente da Câmara de Vereadores, Chico 2000, prestigiou eventos do governo federal em Cuiabá na manhã desta sexta-feira (22). Questionado sobre sua presença ao evento dos ministros de Lula (PT), principal opositor de Jair Bolsonaro (PL), ele afirma que não está destoando de todo o restante do partido, apesar da forte oposição que marca a atuação do PL.
"Eu não estou em um evento do Lula, estou em um evento da cidade de Cuiabá. O governo federal faz o papel dele, diga-se de passagem, é obrigação dele. Quando a gente ganha uma eleição não somos eleitos somente para aqueles que nos apoiaram. O Lula está demonstrando isso", explicou.
O evento marcou o lançamento do programa Prato Cheio, da Secretaria Municipal de Assistência Social, Desenvolvimento Humano e da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. O ministro Wellington Dias (PT) esteve presente, assim como o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD) e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira (PT). Ainda pela manhã, os ministros acompanhados pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro e pela primeira-dama, Márcia Pinheiro, visitaram uma unidade do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) e a nova estrutura do Restaurante Popular de Cuiabá. Marcia, vale lembrar, sustentou o palanque de Lula em Mato Grosso em 2022.
Chico 2000 também foi confrontado por sua atuação no caso do deputado estadual Gilberto Cattani, do PL, com a vereadora Maysa Leão (Republicanos), que brigam via imprensa e com registro de boletim de ocorrência por conta de postagens polêmicas em rede social que tem rendido ameaças à vereadora. Presidente do Parlamento Municipal, Chico foi pessoalmente à Assembleia Legislativa pedir providências contra o correligionário.
"Eu não atuei como vereador contra o PL, eu atuei contra uma atitude de um parlamentar do PL. Eu, por ser do mesmo partido, não sou obrigado a anuir com aquilo que eu não concordo. O PL é um partido grande, estou no PL, ajudei a construir e a fortalecer esse partido na Capital. Tenho direito de estar no PL, em razão disso só deixarei de estar nele o dia que ele não me quiser lá. Aí eles precisam me avisar".
O vereador chegou a lançar a pré-candidatura a prefeito de Cuiabá pelo partido, mas vê o projeto sendo preterido pela preferência da Executiva Nacional ao nome do deputado federal Abilio Brunini.
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