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Notícias / Política

22/09/2023 às 15:01

DIA 4

Câmara de VG fará audiência pública para debater danos causados por graxaria de frigorífico

Encontro será realizado a partir das 9h, no plenário municipal

Leiagora

Câmara de VG fará audiência pública para debater danos causados por graxaria de frigorífico

Foto: Assessoria

A Câmara de Várzea Grande homologou o requerimento que define a data de audiência pública que irá discutir eventuais danos causados pela graxaria do frigorífoco Marfrig ao município. O encontro contará com a participação popular e será realizado no dia 4 de outubro, a partir das 9h, no plenário municipal.

O pedido para realização da audiência feito pelo movimento “Diga Não à Graxaria na Alameda” e aprovado, por unanimidade, durante votação na terça (19). Na ocasião, Cristina de Souza, uma das representantes do grupo, lembrou a trajetória percorrida para que o tema fosse debatido pelo Poder Público.

Entre os problemas provocados pela graxaria, que afeta não somente a população do bairro Alameda, onde está instalada, mas também os bairros nos arredores, estão o mau-cheiro e a infestação de moscas varejeiras. “Está prejudicando nossas crianças e famílias. Pedimos sensibilidade a esse drama que estamos enfrentando”, pontuou Cristina.

A líder comentou que, atualmente, o movimento que tenta impedir o funcionamento da graxaria na área residencial, conta com cerca de mil pessoas. Ainda assim, de acordo com Cristina, o que o grupo deseja não é o fim da atividade no local, mas que ela seja transferida e realizada em um lugar adequado.

Em maio deste ano, um comitê composto por lideranças comunitárias de bairros adjacentes foi criado, após o anúncio da retomada das atividades do empreendimento que estava paralisado há 10 anos. A graxaria tem como finalidade o reaproveitamento dos restos de animais provenientes de frigoríficos, o que acaba exalando um forte odor e causando impacto ambiental.

Desde então, o grupo tem percorrido diversos órgãos públicos, como por exemplo, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a Câmara Municipal de Cuiabá e a própria prefeitura local, atrás de providências para solucionar o caso. Além disso, diversos atos pacíficos já foram promovidos a fim de alertar as autoridades competentes.

Nesse cenário, diversas personalidades públicas, como o deputado estadual Fábio Tardin (PSB), os vereadores por VG, Pedro Paulo Tolares (União Brasil), Ilder Jacinto (PSDB) e os parlamentares por Cuiabá, Chico 2000 (PL), Luis Cláudio (PP) e Dilemário Alencar (Podemos), já declararam apoio publicamente ao movimento.

A Graxaria

A Lei municipal n° 4672/2020, que impede que empresas operem em área residencial, com a emissão de gases fétidos, ainda segue em vigência no município. Por isso, os moradores têm cobrado as autoridades, pois temem que o mau cheiro volte a causar prejuízos.

O dispositivo também estabelece que um empreendimento desta finalidade tem operação permitida exclusivamente em área industrial, conforme está previsto ainda na legislação de Uso e Ocupação de Solo de Várzea Grande. Já em caso de empresas já existentes, é necessária a adoção de medidas preventivas de emissão de odores e outros resíduos.

No entanto, sob a alegação de que o sistema de tratamento que está sendo implantado tem eficiência de remoção de emissões gasosas, a Marfrig recorreu à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e obteve o licenciamento pertinente à atividade para iniciar a operação.

A poluição ambiental também é fator preocupante, em razão da proximidade da graxaria com o Rio Cuiabá. É nesse sentido que a implantação do empreendimento foi alvo de uma ação na Justiça, devido ao desrespeito à legislação e demais prejuízos que a instalação vai ocasionar naquele local.

 
Com informações da assessoria
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