O Gabinete de Intervenção Estadual na Saúde Pública de Cuiabá deve apresentar uma recomendação para a extinção da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. A informação foi confirmada pela interventora Danielle Carmona na manhã desta terça-feira (31). De acordo com ela, essa extinção irá facilitar a gestão da saúde na Capital, haja vista que tudo ficará centrado na Secretaria Municipal de Saúde.
“Hoje a Empresa Cuiabana gerencia dois hospitais, o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e o São Benedito. São dois com custos caros para a administração pública e quando assumimos tinha pouca efetividade. Nós temos feito essa análise lançando o processo seletivo para a substituição desses contratos que foram cara-crachá e estamos estudando a possibilidade de que a Secretaria Municipal de Saúde assuma diretamente esses hospitais, mas como esse é um estudo que foi realizado pela Intervenção e como ela já está findando, isso é algo que vai ser decidido pela gestão municipal assim que ela assumir”, disse Daniela Carmona.
A Empresa Cuiabana de Saúde Pública está presente em diversas denúncias de corrupção, tendo sido uma das principais responsáveis pela criação do Gabinete de Intervenção Estadual. De acordo com Carmona, mesmo com a redução no número de funcionários, de 1700 para 1250 servidores, os custos ainda são excessivos.
Carmona afirma que a forma de administrar ficaria mais barato e que se a Secretaria Municipal de Saúde gerir o HMC e o São Benedito tal como ela faz com o pronto-socorro, os custos podem ser reduzidos. “A Secretaria Municipal passa a ter autonomia sobre a gestão desses dois hospitais que hoje fica a cargo da Empesa Cuiabana que gerou vários fatos. Praticamente todos os cargos foram reduzidos. Eram criados, por exemplo, para um farmacêutico, tinha três tipos de cargos, nós acabamos unificando. Tinha responsável técnico para absolutamente tudo, hoje não tem essa necessidade”, afirma a interventora.