O governador Mauro Mendes (União) avaliou como positiva a derrubada do veto do presidente Lula (PT) a trechos da lei que institui o Marco Temporal na demarcação de terras indígenas em todo o Brasil. Para o chefe do Executivo estadual, a lei aprovada pelos deputados e senadores traz uma segurança jurídica no campo e tem o poder de evitar a escalada de conflitos agrários.
“O veto do Marco Temporal ia criar uma insegurança jurídica gigantesca no Brasil. Nós iríamos abrir conflitos agrários em diversas regiões e transformar o país em 30% de reserva indígena, o que é inimaginável na atual realidade já que os índios não estão querendo mais terra, eles querem dignidade, querem trabalhar, querem condições de prosperar na sua cultura, na preservação, mas com qualidade de vida e não mais terra porque não é necessário”, afirmou o governador durante conversa com a imprensa na noite dessa quinta-feira (14).
Em sessão conjunta nesta quinta, o Congresso Nacional derrubou os vetos feitos pelo presidente Lula à lei que estabelece o Marco Temporal na demarcação de terras indígenas. Entre os deputados federais, o placar foi de 321 a 137 pela derrubada. Já no senado, 52 votaram pela derrubada e 19 a favor da manutenção do veto.
Os índios não estão querendo mais terra, eles querem dignidade, querem trabalhar, querem condições de prosperar na sua cultura
Dos 11 parlamentares da bancada federal de Mato Grosso, 10 votaram pela derrubada dos vetos do Marco Temporal, desde os opositores ferrenhos, como coronel Assis (União) e Abilio Brunini (PL), passando pelos independentes, como o senador Jayme Campos (União), a até o senador Carlos Fávaro (PSD), que faz parte da gestão Lula (PT) e deve retornar ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na próxima semana.
Dentre os 3 senadores e 8 deputados federais, o único parlamentar de MT a votar a favor da manutenção dos vetos foi o deputado federal Emanuel Pinheiro Neto (MDB), que é vice-líder do governo Federal.
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