O governador Mauro Mendes (União) afirmou no último sábado (16), durante a entrega da reforma da praça de Chapada dos Guimarães, que o rombo nas contas da prefeitura de Cuiabá "é gigante e afundou a cidade". Diante desse cenário, ele avalia que os vereadores da capital devem decidir se vão ou não "afundar juntos".
"O rombo é gigante, afundou Cuiabá. Se os vereadores vão afundar junto com eles é decisão deles", disse Mauro à imprensa, quando questionado sobre sua expectativa a respeito da votação.
As contas de governo referentes ao ano de 2022 da gestão de Emanuel Pinheiro (MDB) foram reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), por seis votos a um. Agora, cabe à Câmara de Vereadores julgar o balancete.
A reprovação pelo TCE é histórica, uma vez que nenhum gestor que passou pelo comando do Palácio Alencastro até o momento havia conseguido esse ''feito'', mesmo diante de diversas irregularidades já detectadas na administração municipal no decorrer dos anos.
A notícia caiu como uma bomba no Legislativo, o que acabou gerando debates e declarações acaloradas dos vereadores da base e da oposição, que no ano que vem terão a responsabilidade de votar pela aprovação ou rejeição desses valores. Um ano de eleições municipais, o que traz o peso do julgamento dos parlamentares nas urnas.
Em seu relatório, o conselheiro Antônio Joaquim apontou um rombo de R$ 1,2 bilhão nos cofres do município. Pontuou ainda a existência de um déficit de execução orçamentária na ordem de R$ 191 milhões, e uma indisponibilidade financeira global de R$ 306 milhões e por fontes no total de R$ 375 milhões.
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