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Notícias / Polícia

20/08/2019 às 11:02

Em depoimento, ex-secretário da Seduc assume que atestou notas e não sabe o que foi feito dos materiais

Francisvaldo foi preso durante ação policial, que apura a aquisição milionária de materiais escolares para indígenas

Luzia Araújo

O ex-secretário adjunto de Administração Sistêmica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Francisvaldo Pereira de Assunção, preso nesta segunda-feira (19), pela Polícia Judiciária Civil, na operação Fake Delivery, assumiu em depoimento na Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), ter atestado as notas, mas disse não saber o que foi feito do material. 

Francisvaldo foi preso durante ação policial, que apura a aquisição milionário de materiais escolares para indígenas e quilombolas, no ano de 2014. O ex-secretário adjunto foi preso com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Posto Gil, em Diamantino. 

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As informações foram remetidas à Defaz em 2017, através do Gabinete de Transparência e Combate à Corrupção, indicando irregularidades na aquisição dos materiais. 

O destino de mais de R$ 1,1 milhão em materiais “supostamente” entregues na sede da Seduc, ao secretário adjunto, é apurado. 

Elementos iniciais da análise dos processos apontam que parte dos materiais escolares foram entregues no setor de patrimônio da Seduc, correspondente ao valor de R$ 884.956,48 (direcionados a comunidades indígenas, campo e quilombola) e que o montante de R$ 1.134.836,76 em material foi “supostamente” entregue diretamente na sede da Secretaria, a Francisvaldo, sem que restasse evidenciado o destino desse volume expressivo de mercadoria.

Além da prisão dele, os policiais civis também realizaram busca e apreensão na residência da deputada federal, Rosa Neide, à época, secretária de Estado de Educação.  

As testemunhas ouvidas indicaram que a aquisição seria uma determinação dela. Em seu depoimento na Defaz foi detectado contradições, razão que motivou o pedido de busca e apreensão em desfavor dela.

Após o depoimento, Francisvaldo foi apresentado à  juíza Ana Cristina Mendes, da Sétima Vara Criminal da Capital, e teve a prisão preventiva mantida. Ele está recolhido no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

O inquérito policial da operação será concluído no prazo de 10 dias, a contar da data da operação. 
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