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08/11/2019 às 09:08

Defesa de cabo Gerson culpa Taques por esquema de grampos

Para os advogados, a melhor saída para Gerson foi o perdão judicial conquistado no julgamento

Luana Valentim e Fernanda Leite

Defesa de cabo Gerson culpa Taques por esquema de grampos

Foto: Divulgação

A defesa do cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Corrêa Junior no caso dos grampos ilegais acredita que o perdão judicial obtido nessa quinta-feira (7), foi o melhor caminho. Ainda culpou o ex-governador Pedro Taques (PSDB) por todo o esquema montado, exclusivamente, para grampear seus inimigos políticos.

O advogado Neyman Monteiro, que fez a defesa do cabo, disse que desde o início queria que seu cliente obtivesse o perdão judicial. O julgamento dos militares envolvidos no esquema que ficou nacionalmente conhecido como Grampolândia Pantaneira durou dois dias iniciando às 14h20 de quarta-feira (07) e finalizando quase às 22h dessa quinta-feira.

O resultado foi a condenação do ex-comandante geral Zaqueu Barbosa por oito anos em regime aberto, o cabo Gerson recebeu o perdão judicial e foram absolvidos os coronéis Evandro Lesco, Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista.

Saiba Mais: Zaqueu é condenado a 8 anos de prisão, cabo recebe perdão e 3 coronéis são absolvidos
 
“O MP não daria o perdão judicial depois que ele [Gerson] atacou o órgão. Isso eu já tinha na minha cabeça. No segundo depoimento eu já sabia que ele iria atacar o MP. Então nunca haveria perdão judicial por parte dele”, pontuou.

Neyman acusou o Núcleo de Ações de Competência Ordinária (Naco) de agir com corporativismo. Ele afirmou ainda que ele e seu cliente caíram feito ‘dois patinhos na lagoa’ ao fazerem a delação premiada – que acabou sendo rejeitada – afirmando que o órgão só queria saber o que Gerson tinha para falar.

Saiba Mais: Gerson acusa promotores de participarem de esquema grampos, mas pedido de delação é negado

Eurolino Sechinel dos Reis, também responsável pela defesa do cabo, disse que o perdão judicial foi justo por representar do ponto de vista penal uma ‘borracha’ que apagou esse fato das costas de seu cliente.

“Injusto e vou continuar insistindo, porque os fatos imputados ao cabo Gerson não configuram ilícito penal e, portanto, deveria ter sido absolvido das imputações. Mas na luta da advocacia já estamos acostumados a, se não podemos conseguir tudo para o nosso cliente, é nosso dever buscar o melhor possível para ele. Aliás, a lei nos impõe isso”, frisou.

Diante disso, ele explica que conseguiu convencer os julgadores a dar ao Gerson o melhor possível dentro do processo. Ainda acusou o ex-governador Pedro Taques (PSDB) de ser o responsável por toda ‘essa tragédia’, pois o esquema objetivava grampear os inimigos políticos dele e lamenta que o tucano seja oriundo do MP, e agradeceu, ironicamente, que 'não seja da advocacia'.
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