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Notícias / Judiciário

01/04/2020 às 15:30

Audiências sobre morte de tenente do Bope em confronto são adiadas devido quarentena na Justiça

Carlos Henrique Scheifer foi morto em maio de 2017, pelo que se chama de 'fogo amigo'

Camilla Zeni

O juiz Marcos Faleiros, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em Justiça Militar, adiou as audiências marcadas para o final de maio, sobre a morte do 2º tenente Carlos Henrique Scheifer, do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça, as novas datas são 30 de setembro e 1º e 5 de outubro. 

Na ação, o magistrado destacou que a remarcação das oitivas é necessária porque o Poder Judiciário adotou medidas para prevenção à pandemia do coronavírus, entre elas a suspensão de audiências.

Nessa semana, o presidente da Corte, desembargador Carlos Alberto da Rocha, informou que a medida vai se estender até o dia 30 de abril. 

As oitivas estavam marcadas para os dias 26, 27 e 28 de maio, quando seriam ouvidos o major Saulo Pellegrini Monteiro, capitão Sávio Pellegrini, major Lucelio Ferreira Martins Faria Franca, tenente-coronel Januario Antonio Edwirges Batista e o 3° sargento Saulo Ramos Rodrigues. 

Depois, o 1º sargento Leonildo Morbeques, 2° sargento Izaias Ferreira Lobo, major Orlando Vinicius de Souza Coutinho, 3° sargento Lucio Eli Morais, 1° sargento Domingo Sebastião Viana dos Santos, cabo Diogo Muzzi Busato, sargento Paulo Damacena Meira e o sargento Leandro Zuqueti.

No último dia estava prevista a oitiva das testemunhas: Wellington Bessa A. da Silva, Fernando de Souza Neves, além do interrogatório dos réus.

Três anos de espera
Em maio, a morte do 2º tenente Scheifer completa três anos. Apontado como uma pessoa de alto astral e tranquila, Carlos Henrique Scheifer havia entrado para o Bope apena dois meses antes de sua morte. Serviu o Gefron desde que entrou na PM, em 2011. Depois, fez o curso de operações especiais em Mato Grosso do Sul e se juntou ao Bope mato-grossense em março de 2017.

Scheifer tinha 27 anos e havia acabado de se casar. Não deixou filhos.

Segundo o Ministério Público, o 2º tenente era o líder de uma das equipes acionadas para uma operação de repressão a um assalto a banco em União do Norte, próximo à cidade de Matupá (695 km de Cuiabá). Faziam parte do time o soldado Werney Cavalcante Jovino, o cabo Lucélio Gomes Jacinto e o sargento Joailton Lopes de Amorim. Todos são acusados pela morte do líder.

Um exame de balística comprovou que o tiro que acertou o militar na região do abdômen partiu de uma arma da polícia. A de Jacinto, caracterizando o que se chama de "fogo amigo". Na época do crime, todos alegaram que Scheifer teria sido atingido por um dos suspeitos que estavam sendo perseguidos. O Ministério Público contesta.

Algumas testemunhas começaram a ser ouvidas em 2019. Militares que se envolveram na ação, entre eles, o então comandante do Bope, José Nildo. Os acusados ainda não foram ouvidos pela Justiça. As audiências precisaram ser adiadas em cinco meses em razão de um choque de agenda do magistrado.
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