Apesar de já haver uma definição quanto à data do pleito deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ainda evita tocar neste assunto. O emedebista admite que está sofrendo pressão de seus aliados para definir o seu futuro político, e prega unidade do grupo mesmo que ele não venha a encarar a reeleição.
“Eu não tenho me pautado pelas eleições e tenho explicado isso aos meus aliados. O número de partidos aliados tem aumento, mas eleição municipal não está na minha agenda”, enfatiza.
O chefe do Executivo Municipal afirma estar focado na administração, tendo em vista a pandemia do coronavírus. “Uma eventual eleição à prefeitura ou a governo está nas mãos de Deus. Eu tenho dito que esse ano, com o advento da pandemia, eu escolhi meu adversário, minha eleição é contra o coronavírus e meu adversário é a covid”, enfatizou.
Pinheiro afirma que a probabilidade é que ele não encare a reeleição em novembro deste ano, principalmente por questões familiares. “Eu já disse que tenho problemas familiares, minha esposa não quer. Ela quer que a gente vá até 31 de dezembro, honrando todos os compromissos com a população cuiabana, porque ela quer um tempo pra família. Ela entende que essa alternância de poder é melhor, não só para a sociedade como para a família também. Então, é um problema sério”, pontuou.
Diante disso, alguns partidos de sua base aliada já têm analisado a possibilidade de vir lançar candidatura própria, como o PV, PTB e PSDB. Entre os nomes estariam o ex-secretário de Serviços Urbanos, José Roberto Stopa (PV), o presidente da Câmara de Cuiabá Misael Galvão (PTB) e o ex-vereador Paulo Borges (PSDB).
Pinheiro, por sua vez, defende uma candidatura única do grupo, mesmo se ele não for candidato. Para ele, é natural que nomes comecem a surgir, tendo em vista a sua indefinição quanto ao pleito deste ano. Contudo, ele prega que o grupo entre em um consenso para permanecer unido. "A única observação que faço e tenho alertado aos companheiros é que essa discussão seja feita dentro do grupo para que a aliança permaneça e o projeto não sofra prejuízo”, justificou.
Emanuel pontua ainda que seu grupo é a maior força política da capital e não pode deixar de debater e discutir o processo sucessório, inclusive, numa eminência do prefeito não sair candidato à reeleição. Por outro lado, emedebista não descarta sugerir o nome do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), para a disputa. “Botelho é um grande nome e é um nome que eu traria para apresentar ao grupo, mas se ele seria candidato ou não é uma decisão do grupo”, finalizou.
Pinheiro afirma que, atualmente, conta com nove agremiações em seu arco de alianças. “Assegurados temos nove partidos, e tem dois que estamos praticamente acertado e deverão anunciar apoio se eu decidir pela reeleição, que irá levar a onze partidos”, finalizou.