Candidato à reeleição no pleito de novembro deste ano, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) afirma ter sido vítima de “armação”, e garante que irá provar que não recebeu propina enquanto exercia o mandato de deputado estadual, como foi apontado pelo ex-governador Silval Barbosa e pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa José Riva, ambos em delação premiada.
“Fizeram aquela armação do vídeo, não sei pra pegar quem. Não estou dizendo também que era uma armação para me pegar, era uma armação pra pegar alguém. Também não entro no mérito dos outros parlamentares que foram filmados naquele momento. O fato que eu era a pessoa errada na hora errada”, disparou o emedebista.
Diante disso, ele classificou Silval e Riva como “bandidos”, e afirmou que as acusações feitas foram ilações para deixar a prisão.
“Não tenho nada a ver com esse mar de lama que tentaram me envolver. Eu tenho 30 anos de vida pública, não tem nada que pese contra mim, a não ser delações dos maiores réus-confessos desse Estado, que tentam me envolver nisso porque sou prefeito da capital", afirmou.
Para Emanuel, a delação de José Riva foi classificada pelo candidato como "mais uma jogada baixa de nossos adversários". Porém, vale destacar que o acordo de coloboração premiada do ex-presidente da ALMT ocorreu ano passado e o vídeo da delação gravado em outubro.
"Tem que provar, que moral tem para falar de mim? Prova que deu R$ 3 milhões para o então deputado Emanuel Pinheiro. Cadê esse dinheiro, como você deu cara? Larga de ser bandido e leviano”, disse o prefeito.
Pinheiro garante que irá provar a sua inocência na justiça, e ressalta, inclusive, que já prestou depoimento junto à Justiça Federal em maio de 2018.
“Eu fui resolver um problema pessoal do ex-governador Silva Barbosa com o meu irmão, Marco Polo Pinheiro, o Popó, que tem até hoje um instituto de pesquisa. Eu estava vendo a briga entre eles, Popó estava para sair nas vias de fato com o Silvio, chefe de que gabinete do governador. Silvio não pagava e ele [Popó] estava passando por um aperto financeiro, querendo brigar e ameaçando. Como eu era da base e tinha uma boa relação com o governador eu fui para ajudar o meu irmão”, completou.