Com as produções “Como Ser Racista em 10 passos”, “Giramundá: o Congo e a diáspora”, “Lacuna” e a “Cor do voto”, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) marca presença na 17ª Mostra Internacional do Cinema Negro (MICINE), que ocorre até o dia 30 de novembro, naplataforma de streamingdo Cine Belas Artes de São Paulo - A La carte.
O curador da mostra é o professor associado da UFMT e cineasta Celso Luiz Prudente. Ele explicou que a MICINE é um evento étnico-cinematográfico, que busca a inclusão dos brasileiros afrodescendentes, como maioria minorizada. Nesta edição, a mostra traz o tema “Pela Superação da Tentativa Eurocêntrica de Folclorização da Africanidade: a Dimensão Pedagógica do Cinema Negro Posta em Questão”.
“Aponto o cinema negro como a filmografia de todas as minorias vulneráveis, que buscam na emergente categoria conceitual de dimensão pedagógica do cinema negro a construção da imagem de afirmação positiva. Uma espécie de lugar de imagem, com a mesma lógica de lugar de fala“, explica professor Celso Luiz Prudente sobre ahegemonia da imagem do homem branco europeu heterossexual.
Seleção das obras da UFMT
Os responsáveis pela seleção das produções representantes de Mato Grosso foram o Coletivo Audiovisual Negro - Quariterê e o supervisor do Cineclube Coxiponés da UFMT, o professor Carlos Eduardo Amaral.
“A seleção foi feita em conjunto com o Coletivo Quariterê, levando em consideração os filmes que trouxessem a temática negra de maneira crítica e criativa. Além disso, as produções foram escolhidas tendo em vista a representatividade do cinema negro mato-grossense”, destaca o supervisor do Cineclube.
O documentário “Giramundá: o Congo e a diáspora” foi produzido pelo Núcleo de Produção Digital (NPD) do campus do Araguaia. A produção é de 2018 e narra a história da encenação da Dança do Congo, na festa de São Benedito, no município de Nossa Senhora do Livramento (MT), a partir das vivências de personagens urbanos, com origens no Quilombo de Mata Cavalo.
A mostra acontece graças a uma parceria entre a Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), a Superintendência de Inclusão, Políticas Afirmativas e Diversidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o Centro de Estudos Latino-Americanos de Comunicação e Cultura (Celacc) da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, o Laboratório Experimental de Arte-Educação e Cultura da Faculdade de Educação da USP, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e o curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Com assessoria
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