Começou, na manhã desta quarta-feira (16), a7ª edição doMekukradjá – Circuito de Saberes, desta vez repensando a Semana da Arte Moderna, de 1922, em razão do centenário da iniciativa cultural. São três dias de encontros on-line sobre pautas e perspectivas indígenas e conta com a curadoria da pesquisadora mato-grossense Naine Terena, doescritor e educador Daniel Munduruku (Belém - PA) e da antropóloga e documentarista Júnia Torres.
A programação segue até a sexta-feira (18) e pode ser acompanhada gratuitamente pelosite e pelo canal do Youtube do Itaú Cultural.
Com o tema "A gente somos – Reantropofagizando o Brasil", a agenda é dedicada às tradições, resistência e importância da memória ecultura dos povos originários para a transformação da sociedade brasileira.
A temática faz referência à proposta dos artistas que promoveram a Semana de 22 de 'antropogia da arte', consumir tudo o que há para criar algo novo. No 'Manifesto Antropófago', de Oswald de Andrade, publicado em 1928, ele registra: "Tupi or not tupi, that is the question". A questão talvez seja: e a participação dos povos originários no reconhecimento das expressões culturais e artísticas?
O evento do Itaú Culturalreúne 21 indígenas, entre lideranças, acadêmicos, cineastas, escritores, comunicadores e artistas visuais de etnias das cinco regiões do país.Assista à programação de abertura:
Entre os participantes estão o cineasta e pajéCarlos Papá;Edson Krenak, vencedor do Prêmio Nacional Tamoios para Escritores Indígenas do Brasil; os artistas visuais Gustavo Caboco, Arissana Pataxó e Miguela Guarani; oantropólogo e poeta indígenaIdjahure Kadiwel; a líder feminina do Território Indígena do Xingu Watatakalu Yawalapiti; e Tukumã Pataxó, comunicador do Mídia Índia, considerado um dos maiores veículos de comunicação indígena do Brasil. O artista Denilson Baniwa, que inspirou o tema do evento com a defesa do conceito dereantropofagia, participa da edição em um depoimento gravado.
Os debates são realizados sempre às 9h30 e às 15h30 (horário de Cuiabá). Revisitam pensamentos acerca do Brasil, a produção artística, os trânsitos ocorridos nesses tempos, a partir do marco histórico da arte brasileira que foi a Semana de 22, e nos processos que foram realizados em períodos anteriores.
Essa reflexão é feita com base nas múltiplas perspectivas indígenas. Para isso, faz um giro no país e entrelaça fazeres e viveres do país indígena.
A cantora indígenaDjuena Tikuna encerra a programação, na sexta-feira, às 17h30 (horário de Cuiabá), em show on-line que apresenta as principais músicas dela, como Yiemagü rü nainecüti’igü eMaraka'nandê. O link está aqui e já é possível definir lembrete.
Mostra de filmes
Acompanhando a programação do evento, entra em cartaz na sexta-feira (18), na Itaú Cultural Play (www.itauculturalplay.com.br), a mostra de filmes "Gentes Ancestrais", que traz reflexões sobre a história do Brasil, a partir de diferentes perspectivas indígenas.
Com curadoria deNaine Terena e Júnia Torres, a seleção conta com oito curtas-metragens, dentre elesKaapora – o chamado das matas (2020), de Olinda Muniz Wanderley; O verbo se fez carne (2019), de Ziel Karapotó; e Provocações (2017), de Jaider Esbell.
Serviço 7ª Edição do Mekukradjá –Círculo de Saberes: A gente somos – Reantropofagizando o Brasil
Data: de quarta (16) a sexta-feira (18), sempre às 9h30 e às 15h30 (horário de Cuiabá)
On-line:www.itaucultural.org.br ewww.youtube.com/itaucultural
Mostra Gentes Ancestrais na Itaú Cultural Play
A partir de sexta-feira (18) , emwww.itauculturalplay.com.bre nos apps Android e IOS
Com informações da assessoria
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