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Notícias / Política

10/08/2021 às 19:00

Troca de acusações e bate-boca marcam oitivas da CPI dos Medicamentos

Vereadores Marcus Brito Junior (PV), relator da CPI, e Diego Guimarães (Cidadania) se estranharam e trocaram acusações

Alline Marques

Troca de acusações e bate-boca marcam oitivas da CPI dos Medicamentos

Foto: Câmara de Cuiabá

Durante o depoimento do representante legal da Norge Pharma, Patric Pablo, na Comissão Parlamento de Inquérito dos Medicamentos na tarde desta terça-feira (10), os vereadores por Cuiabá Marcus Brito Junior (PV), relator da CPI, e Diego Guimarães (Cidadania) se estranharam e trocaram acusações.

Isso porque, ao utilizar a fala para fazer questionamentos ao depoente, o parlamentar de oposição acusou o relator de estar atuando em defesa da empresa e do prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB).

“Advogado da empresa”, disse Diego se referindo, principalmente às declarações de Brito Junior com relação ao depoimento prestado pela ex-secretária de saúde Elizeth Araújo na semana passada.

O parlamentar chegou a dizer que a ex-integrante do primeiro escalão municipal prevaricou, uma vez que não pode comprovar determinadas acusações que fez.

As críticas irritaram o relator, e os ânimos foram acalmados pelo presidente da CPI, vereador Lilo Pinheiro (PDT). Posteriormente, Brito Junior pediu a fala e acusou Diego de ser midiático. Ele afirma que, até o momento, não recebeu nenhuma colaboração do oposicionista.

“Até o presente momento, eu não recebi nenhum requerimento do vereador Diego Guimarães para colaborar com a CPI. Perante às câmeras, perante aos repórteres e durante entrevistas, aí ele quer mostrar serviço”, enfatizou. Com relação ao depoimento da ex-secretária, ele reiterou as suas falas.

"O depoimento da Elizeth foi esclarecedor e está contribuindo com o processo, mas ela fez algumas declarações que não pode provar. E se você declara uma coisa que você não pode provar, você incorre em culpa. E se você fez, acompanhou, viu coisas acontecerem e não denunciou em tempo, ela no mínimo prevaricou. Entendam, existem gente que trabalha e existe gente que tumultua”, rebateu.

Mais polêmica

Os ânimos voltaram a se exaltar no final da oitiva devido ao comportamento e determinadas declarações por parte de Patric Pablo, o representante legal da Norge Pharma. Durante sua consideração final, o funcionário da empresa insinuou que há parlamentares mal intencionados com a CPI dos Medicamentos.

“Dá para entender quem tem a clara intenção de esclarecer, e quem vem aqui para soltar fogos de artifício, que quer só tumultuar a sessão”, disse o depoente se referindo, especialmente, aos parlamentares de oposição, que fizeram perguntas mais capciosas.

Ele se referiu, principalmente, ao vereador Dilemário Alencar (Podemos), que chegou a questioná-lo se ele era laranja do proprietário da empresa. Segundo o parlamentar, Patric não respondeu a nenhum questionamento de forma objetiva e direta. “O senhor não pode vir aqui e zombar dessa CPI. Pedirei à CPI que tomem as devidas providências”, completou Dilemário.

O vereador Diego Guimarães também se manifestou, e pediu para que o depoimento do representante da Norge Pharma fosse encaminhado para autoridade policiais.

“E eu peço que esse Parlamento que reduza a fala do senhor Patrick a termo, encaminhe a autoridade policial para a abertura de inquérito por desacato a autoridade. Ele está dentro de um Parlamento e falar que tem parlamentares mal intencionados?”, indagou demonstrando indignação.

Por fim, o funcionário da empresa se retratou. “Também fui ofendido, me colocaram na posição de laranja. Se eu pedir para alguém provar que eu sou laranja, eu duvido que alguém consiga provar isso, porque não sou. Mas, quem que se sentiu ofendido pelas minhas palavras eu peço desculpas”, finalizou.
 
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