Apesar de ainda não ter batido o martelo quanto à reeleição, o governador Mauro Mendes (União) já vive uma sinuca de bico no que tange a vaga de candidato ao Senado em sua eventual chapa.
Dois postulantes à senatória “disputam” a sua preferência e a sua escolha pode trazer complicações para o seu projeto de se manter à frente do Palácio Paiaguás, caso resolva encarar novamente as urnas em outubro deste ano.
Isso porque, apoiando a reeleição do senador Wellington Fagundes (PL), Mendes atrai para o seu palanque o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem uma grande densidade eleitoral em Mato Grosso.
Por outro lado, ele irá enfrentar grande resistência dos partidos que integram a seu arco de alianças, pois o MDB, PSD e PP já bateram o martelo quanto ao apoio à candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado Federal. O progressista ainda está prestes a conquistar o apoio do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
Essa resistência ficou bem evidente nos últimos dias. Algumas lideranças políticas, inclusive, já classificam o governador como “traidor” nos bastidores, pois tem notado uma aproximação dele com Fagundes e o Partido Liberal (PL).
Em menos de 30 dias, Mendes esteve duas vezes em Brasília reunido com o presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto. O último encontro ocorreu nesta semana e contou com a presença do próprio Fagundes.
A conversa é que o chefe do Executivo Estadual já tenha fechado apoio a reeleição do congressista, indicando, inclusive, o secretário-chefe da Casa Civil Mauro Carvalho como primeiro suplente.
Apesar disso, ele nega que já tenha definido quem será o candidato a senador em sua chapa, e afirma ainda que, se quer, bateu o martelo quanto a sua candidatura à reeleição.