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Notícias / Política

22/04/2022 às 07:08

Bezerra classifica cassação como aberração jurídica: ‘vou ganhar tranquilo’

Deputado federal teve o mandato cassado pelo TRE por "caixa 2", no valor de R$ 336.925,00, nas eleições de 2018

Da Redação - Eduarda Fernandes / Reportagem Local - Paulo Henrique Fanaia

Bezerra classifica cassação como aberração jurídica: ‘vou ganhar tranquilo’

Foto: Paulo Henrique Fanaia - Leiagora

Deputado federal e presidente regional do MDB, Carlos Bezerra está perplexo com o processo que resultou na cassação do mandato dele, por decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Mato Grosso, e garante que irá reverter a situação. À imprensa, ele lembra que recorreu da decisão e se diz extremamente tranquilo quanto ao desfecho do imbróglio jurídico.

“Fizeram uma brincadeira comigo aqui. Estou vindo de Brasília, sentei com os advogados lá, eles me disseram que nunca na carreira jurídica deles viram um processo daquele tipo. Já entrei com um recurso segunda-feira e vou ganhar, vou ganhar tranquilo, porque o processo não tem nenhum fundamento, uma verdadeira perseguição”, comentou, ao passar pelo Palácio Paiaguás na quarta-feira (20).

Leia também - Por R$ 336 mil de caixa 2, TRE cassa mandato de Carlos Bezerra

A cassação do mandato de Bezerra, no dia 5 deste mês, se deu por captação e gastos ilícitos de recursos nas eleições de 2018, prática popularmente conhecida como "caixa 2", no valor de R$ 336.925,00. Mesmo com a decisão, ele continua no cargo de deputado enquanto couber recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

O relatório do juiz eleitoral Gilberto Lopes Bussiki, que foi seguido por todos os membros da Corte, aponta que durante toda campanha do parlamentar foram omitidas despesas com pessoal, com combustíveis, com veículos e com materiais gráficos. Somente com um fornecedor, cerca de 80% dos gastos com combustível contratado estavam vinculados com pessoas que não constavam nas contas.

Ao comentar a decisão, Bezerra falou mais uma vez em perseguição política e atribui isso à linha ideológica que defende. “No Brasil, defender os mais fracos, mais pobres, a Justiça social, não é fácil. Defender o ‘tubaronato’ é muito [fácil]... aí você fica lá nas cabeças, mas defender o trabalhador, os que mais precisam, quem faz isso no Brasil geralmente é perseguido. Como sempre fui perseguido por várias vezes. E posso não agradar um tubaronato que termina dando nisso que deu aí, tentando me ceifar da vida pública depois de 50 anos de atividade política. Não vão conseguir!”, declarou.
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