Enquanto o senador Wellington Fagundes (PL) e o deputado federal Neri Geller (PP) digladiam-se em torno do apoio do governador Mauro Mendes (União), - e quando a disputa é pelo apoio do presidente Bolsonaro, a corrida inclui também o presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, (PTB) -, a médica Natasha Slhessarenko (PSB) corre por fora e está em ascensão.
Mesmo iniciante na política partidária, ela a tem no DNA. Natasha é filha da ex-senadora Serys Marly e pode repetir o feito do senador Carlos Fávaro em 2020.
A busca pela benção de quem é era o verdadeiro candidato de Bolsonaro nas eleições suplementares de 2020 levou o bolsonarismo a dividir os votos entre quatro opções: Coronel Fernanda, deputado federal José Medeiros, o empresário Reinaldo Morais, o deputado estadual Elizeu Nascimento.
Por fora, ainda tinha o experiente Nilson Leitão (PSDB) que tambem mostrou à época ser um candidato conservador. E Fávaro, que dizia que apoiava Bolsonaro, mas se empenhou mais em mostrar os trabalhos que havia feito nos poucos meses que tinha assumido a cadeira no Senado e as propostas ao Estado.
A pesquisa Percent realizada com 1000 entrevistados em Cuiabá e Várzea Grande realizada entre os dias 27 de abril a 3 de maio e registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número MT-06721/2022, mostra que a médica está em segundo lugar na preferência dos eleitores com 16,3%, abaixo do senador Wellington Fagundes, que lidera a pesquisa com 24,3%.
O bom desempenho de Natasha tem empolgado até mesmo os correligionários como o deputado estadual Max Russi (PSB), que em princípio iria manter o apoio ao deputado federal Neri Geller. Russi abandonou o projeto de Neri e passou a abraçar a candidatura de Natasha percorrendo o Estado com ela.
Agora resta saber se ela será um fenômeno e se tornar um foguete após a definição nas convenções e durante a campanha, ou se será apenas mais um cavalo paraguaio, que disparou mas não vai chegar a lugar algum.