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Notícias / Política

18/07/2022 às 09:40

Vereadora classifica como ‘politiqueira’ a forma como colegas tratam afastamento e cassação de Paccola

Sem citar nome, Michelly diz que alguém está usando o tema como palanque eleitoral

Paulo Henrique Fanaia

Vereadora classifica como ‘politiqueira’ a forma como colegas tratam afastamento e cassação de Paccola

Foto: Câmara Municipal de Cuiabá

A vereadora de Cuiabá Michelly Alencar (União) classificou como politiqueira a forma como alguns parlamentares da Câmara municipal estão tratando os pedidos de afastamento e de cassação do colega de Parlamento tenente-coronel Marcos Paccola (Republicanos). Ele matou a tiros, pelas costas, o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa no dia 1º deste mês. Sem citar nome, a vereadora disse que alguém está usando o tema como palanque eleitoral.
 
A declaração foi dada à imprensa, na quinta-feira (14), após a votação do requerimento feito pelo vereador Sargento Vidal (MDB) que encaminhou o pedido de afastamento à Comissão de Constituição, Redação e Justiça da Casa de Leis, protelando ainda mais a discussão sobre o crime cometido pelo republicano.
 
Michelly, que integra a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, disse que todo o rito do pedido de afastamento está errado, haja vista que esta modalidade não está presente no Regimento Interno da Casa. Para ela, o assunto já deixou de ser tratado pela legalidade para ser tratado como algo político.
 
“Na verdade, todo rito está errado desde o seu pedido, não existe previsão legal, regimental, não existe nenhum inciso ou artigo dentro do nosso regimento interno que deixe brecha para a apresentação de um afastamento como ele foi feito, para a pessoa errada, da forma errada e sem previsão legal. (...) Esse assunto deixou de ser tratado como crime para ser tratado como política. Estão politizando e estão tratando de forma politiqueira da mais baixa qualidade. Um assunto de dor, de vida, eu disse na minha fala, por muitos momentos nós fazemos votos políticos dentro dessa casa. Uma tragédia dessa não dá pra fazer palanque político”, disse a vereadora.
 
O pedido de afastamento de Paccola foi protocolado pela vereadora Edna Sampaio (PT) e seria votado na sessão da quinta. Porém, antes do início da votação, Vidal requereu que o documento fosse enviado à CCJR para que a comissão emita parecer. 
 
O próprio vereador Marcos Paccola chegou a pedir aos colegas que votassem contra o requerimento de Vidal, pois ele queria que o pedido de afastamento fosse votado ainda naquela sessão. Entretanto, com 15 votos a favor e sete votos contrários, o parecer foi encaminhado à comissão e o afastamento apenas será votado na volta do recesso Legislativo, que acontece no dia 2 de agosto.
 
Mesmo classificando o pedido de afastamento como “aberração”, Michelly foi uma das parlamentares que votaram contra o requerimento de Vidal, exigindo que o afastamento fosse votado de imediato naquela sessão, tal como desejava Paccola. A legisladora diz que está havendo um grande desgaste na Câmara Municipal em virtude da comoção social e da proporção que o fato está gerando, ocasionando, inclusive, brigas de bastidores entre os colegas.
 
“Eu acredito que o vereador Marcos Paccola foi contra esse pedido de protelamento porque já está havendo um desgaste muito ruim, o clima na Casa está péssimo. Nós temos brigas, é que vocês não viram, nos bastidores teve maior briga. Então, por que protelar? A câmara está sendo exposta e aqueles que quiserem entrar nesse jogo irão entrar. Eu não vou entrar. Eu vou me apoiar na legalidade”, afirmou Michelly.
 
Por fim, a vereadora disse que, assim como decidiu a Comissão de Ética, irá aguardar o fim das investigações da Polícia Civil, para só então se posicionar sobre o fato.
 
 
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