O governador Mauro Mendes (União) garante que Mato Grosso não depende dpo Governo Federal, motivo pelo qual pode e vai caminhar com as próprias pernas a partir do ano que vem. Mesmo reconhecendo a importância de ter um bom relacionamento entre as esferas, o gestor diz que o estado está com uma economia estabilizada e não é mais depende de uma relação direta com Brasília.
“Nosso estado pode e vai caminhar com suas próprias pernas. Quando assumi o governo em 2019 pegamos o estado desequilibrado, com contas atrasadas, salário e 13º atrasado e fizemos um reajuste fiscal. Recuperamos a capacidade do estado investir. Claro que o relacionamento com o Governo Federal é importante, porém nós não somos mais um estado dependente de uma relação ou de verbas que possam ou não ser liberadas por parte da União”, disse Mauro Mendes durante entrevista concedida à Jovem Pan nacional na manhã desta segunda-feira (31).
Apesar disso, o gestor revela que vai se sentar à mesa com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para discutir melhorias para Mato Grosso. Mauro garante que irá, sim, ter um diálogo com o petista, levando ao Governo Federal demandas importantes do Estado, tal como a infraestrutura e a economia.
“Vamos, sim, dialogar, cooperar e respeitar democraticamente o resultado das urnas e a principal demanda que Mato Grosso continua tendo é a demanda de infraestrutura. Somos um estado muito grande com a maior capacidade de produzir, estamos ampliando nossas fronteiras de produção. Fazemos isso respeitando o Código Florestal Brasileiro e códigos ambientais, precisamos do apoio do Governo Federal para melhorar ainda mais e também na questão ambiental, porque ninguém aguenta a burocracia na questão ambiental para fazer as coisas acontecerem”
Mesmo apoiando a reeleição de presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro garante que irá respeitar democraticamente o resultado das urnas e afirma que quem deseja o bem do país não pode torcer contra o presidente eleito, ainda mais em um momento em que o mundo inteiro está à beira de uma crise econômica. Neste momento, Mauro entende que o presidente eleito deverá ter um bom diálogo com todos os representantes do Brasil.
Para o chefe do Executivo estadual, é fundamental que haja uma sinergia entre Governo Federal, Estadual e Municipal para otimizar a aplicação do dinheiro público, dando assim um melhor retorno ao cidadão.
País polarizado
O governador reconhece a polarização que o país atualmente se encontra e diz que Lula irá enfrentar um grande desafio pela frente. Para ele, Lula irá receber um Brasil bem diferente de quando foi eleito pela primeira vez, em 2002, o que vai requerer uma maior capacidade de diálogo do petista eleito.
“Quando ele foi presidente, ele pegou o mundo num momento muito bom, a economia estava boa. Nunca houve no pós-guerra uma janela tão grande para o crescimento econômico, tudo estava dando certo no mundo e o Brasil pegou esse rabo de cometa e as coisas foram muito bem. Diferente de agora que a economia mundial passa por um estrese no pós-pandemia, guerra e tudo isso traz consequências e ele vai ter dificuldade no campo econômico. Quando você tem dificuldade você tem que aumentar a capacidade de diálogo e conversar com as pessoas”, diz o governador.
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